O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, e o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, debateram nesta terça-feira, 23, a possibilidade de a Justiça Eleitoral acatar as sugestões dos militares referentes a mudanças no chamado teste de integridade das urnas eletrônicas, de acordo com fontes militares.
O objetivo é testar se a urna processa corretamente o voto, comparando a soma dos votos na cédula com o boletim de urna. Os militares defendem que a urna seja testada na própria seção eleitoral (hoje ela é levada aos TREs) e um eleitor use a biometria para liberar a urna eletrônica (hoje um servidor da Justiça Eleitoral libera a urna para digitação).
Outras duas sugestões que os militares vinham defendendo — o teste público de segurança e a ampliação de observadores — foram descartadas pelos próprios, segundo fontes ligadas ao ministro da Defesa. A avaliação dos militares é de que o próprio TSE já cuidou de avançar com elas.
O teste público de segurança, por exemplo, vem sendo capitaneado por universidades públicas e já há um rol considerável de observadores nacionais e internacionais para as eleições deste ano.
Neste sentido, para os militares, restou avançar sobre o teste de integridade das urnas eletrônicas, e o assunto teria sido central na conversa entre Moraes e Paulo Sergio na tarde desta terça-feira. O encontro, revelado na semana passada pela CNN, teve, portanto, um resultado prático para além do simbolismo político de distensionar a relação entre militares e a Justiça Eleitoral que ficou inviabilizada nas gestões de Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, antecessores de Moraes.
O próximo passo agora é que seja agendada uma reunião entre as áreas técnicas da Defesa e do TSE para verificar o que é possível ser feito em relação ao teste de integridade.
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