Morre Dom Angélico, primeiro bispo de Blumenau

Dom Angélico Sândalo Bernardino morreu nesta terça-feira, em São Paulo, aos 92 anos, depois de passar por uma série de cirurgias. Ele foi o primeiro bispo da Diocese de Blumenau, entre 2000 e 2009. Seu corpo está sendo velado em São Paulo, mas será enterrado em Blumenau,

Dom Angélico foi um defensor dos direitos humanos e lutou contra ditadura. É amigo pessoal do presidente Lula. Foi padrinho do casamento de Lula, batizou a neta dele e ainda rezou a missa antes do petista se entregar para a Polícia Federal.

Dom Angélico tinha uma relação pessoal com o ex-prefeito de Blumenau, Décio Lima (PT) e a esposa, deputada federal Ana Paula Lima (PL). Décio se manifestou nas redes sociais.

“Recebemos com tristeza a notícia do falecimento de Dom Angélico Sândalo Bernardino, o primeiro bispo da Diocese de Blumenau. Dom Angélico era grande amigo meu e de Ana Paula. Defensor de uma igreja progressista e inclusiva, Dom Angélico fez da vocação sacerdotal um testemunho de fé e trabalho em favor do povo brasileiro e da democracia em nosso país.

Sempre ao lado dos oprimidos, esteve presente nas lutas do ABC, no movimento de redemocratização do Brasil, na pastoral operária de Blumenau e ao lado de Lula, quando ele foi injustamente preso em Curitiba.

Que Deus o acolha, Dom Angélico. Que seu legado de uma igreja humanista esteja sempre presente no cotidiano dos brasileiros! Um grande homem que viveu o verdadeiro Evangelho de Cristo todos os dias de sua vida. Um grande homem que viveu o verdadeiro Evangelho de Cristo todos os dias de sua vida.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu nota de pesar:

“Recebi com profunda tristeza a notícia do falecimento do querido Dom Angélico, que dedicou sua vida à solidariedade e ao amor ao próximo, como nos ensinou Jesus Cristo”, escreveu Lula.

“Das greves dos trabalhadores em São Paulo nas décadas de 70 e 80, passando por momentos históricos da luta pela redemocratização e pela justiça social no nosso país, estivemos sempre juntos do lado da verdade e do bem comum. Guardo as lembranças do grande amigo que fez da ternura e da bondade os princípios que guiaram sua vida. ‘Amai-vos e não armai-vos’ era sua lição para todos nós”, continuou o presidente, na nota.