O compositor e escritor Aldir Blanc, de 73 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira, 4, no Rio de Janeiro. Ele estava com Covid-19 e seu quadro de saúde era considerado grave.
No dia 10 de abril, o compositor deu entrada no hospital com infecção urinária e pneumonia, que evoluíram para um quadro de infecção generalizada.
Depois de uma transferência de hospital, chegou a apresentar melhoras, mas como seu estado era muito grave, foi mantido sedado o tempo inteiro.
Aldir Blanc Mendes nasceu no Rio de Janeiro, no dia 2 setembro de 1946. Em 1966, ingressou na Faculdade de Medicina, especializando-se em psiquiatria. Em 1973, abandonou o curso para dedicar-se exclusivamente à música, tornando-se um dos mais importantes compositores de Música Popular Brasileira (MPB).
Uma de suas canções mais famosas, “O Bêbado e a Equilibrista”, feita em parceria com João Bosco, ficou eternizada na voz de Elis Regina.
Outras composições famosas são “Bala com Bala”, “O Mestre-Sala dos Mares”, “De Frente Pro Crime” e “Caça à Raposa”.
A obra de Blanc reúne, ainda, dezenas de canções conhecidas, feitas em parceria com outros ilustres artistas, como Moacyr Luz, Maurício Tapajós, Paulo Emílio, Carlos Lyra, Guinga, Edu Lobo, Wagner Tiso, César Costa Filho, Cristóvão Bastos, Roberto Menescal, Ivan Lins, entre outros.
Blanc era também cronista, reconhecido pelas bem-humoradas histórias e personagens da Zona Norte do Rio.
Publicou vários livros, entre eles “Rua dos Artistas e Arredores” (Ed. Codecri, 1978); “Porta de tinturaria” (1981), “Brasil passado a sujo” (Ed. Geração, 1993); “Vila Isabel – Inventário de infância” (Ed. Relume-Dumará, 1996), e “Um cara bacana na 19ª” (Ed. Record, 1996), com crônicas, contos e desenhos.
Contribuiu, ainda, com crônicas para os jornais O Dia, O Estado de São Paulo e O Globo.
Fonte: G1
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