Mais de 5 milhões de pessoas já morreram de Covid-19 em todo o mundo desde o início da pandemia. A marca foi atingida nesta segunda-feira (1º), 117 dias depois do registro de 4 milhões de vítimas, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
Na última semana, os óbitos voltaram a subir 5% globalmente, segundo o mais recente relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). As piores situações são na Europa, que teve 14% mais mortes do que na semana anterior, e na Ásia, com um aumento de 13% no mesmo período.
Já na África elas caíram 21%, embora o ritmo de vacinação esteja extremamente lento e a OMS preveja que apenas 5 dos 54 países africanos devam conseguir alcançar a meta de vacinar totalmente 40% de sua população até o fim do ano.
Outro fator preocupante é o caso da Rússia, que diariamente tem batido recordes de casos e mortes. Já no Brasil, a situação neste momento é bem melhor do que quando o mundo tinha 4 milhões de mortes pela doença.
Na época, o país tinha a pior média mundial de óbitos, posição que hoje cabe à Romênia. Hoje, o Brasil é o 40º nesse mesmo ranking, segundo o site “Our World in Data”.
Ranking
Os Estados Unidos continuam liderando a lista de países com o maior número de mortes por Covid-19, com 745 mil, com o Brasil em segundo lugar, com 607 mil, e a Índia em terceiro, com 458 mil, segundo a Johns Hopkins.
Veja abaixo quanto tempo se passou entre cada milhão de mortes por Covid.
9 de janeiro de 2020 – 1ª morte oficial
28 de setembro de 2020 – 1 milhão de mortes (263 dias depois da 1ª morte)
14 de janeiro de 2021 – 2 milhões de mortes (108 dias desde o 1º milhão de mortes)
17 de abril de 2021 – 3 milhões de mortes (93 dias desde os 2 milhões)
7 de julho de 2021 – 4 milhões de mortes (81 dias desde os 3 milhões)
1º de novembro de 2021 – 5 milhões de mortes (117 dias desde os 4 milhões)
Evolução da pandemia
O primeiro milhão de mortes foi marcado por uma primeira onda na Europa, em março e abril de 2020, que assustou o mundo e levou os países a adotarem severas medidas de restrição para diminuir a proliferação do vírus.
O segundo milhão de vítimas foi marcado por uma aceleração constante no número de óbitos primeiro na Europa, impulsionada pela variante alfa, detectada inicialmente no Reino Unido, e posteriormente nos EUA, o que levou o mundo a atingir na época o recorde de mortes diárias.
O terceiro milhão de óbitos foi marcado por uma forte queda no número de mortes tanto nos EUA quanto na Europa, após severas restrições e com a aceleração da vacinação. Ao mesmo tempo, os óbitos já começavam a crescer na América do Sul e na Ásia, a partir de março.
Já o quarto milhão foi marcado por uma disparada da pandemia na América do Sul e na Ásia, sobretudo por causa do Brasil e da Índia.
Variantes gama e delta
Na América do Sul, a variante gama (ou P.1) se espalhou pelo Brasil e depois para os outros países da região, causando uma onda de casos e mortes inclusive em países que já estavam com a vacinação mais adiantada, como Chile e Uruguai.
Na Ásia, a variante delta devastou a Índia, que passou por um completo colapso sanitário e hospitalar entre abril e maio e bateu todos os recordes mundiais de casos e mortes por Covid-19.
Desde então, a variante delta tem se espalhado pelo mundo e causado uma forte alta de mortes em diversos países — da Rússia à Indonésia — e também de casos até em nações que são referência na vacinação contra a Covid-19, como Israel e Reino Unido.
Mas, com o avanço da imunização, agora já é possível ver uma clara diferença nesses países: embora o número de novos infectados tenha voltado a subir com bastante força, o número de óbitos não tem crescido na mesma proporção.
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