“Não temos como fazer milagre”, qualquer reajuste neste ano difícil é complicado”, ” teremos que fazer malabarismo para chegar ao final do ano”
As expressões acimas ouvi do secretário da Fazenda Alexandro Fernandes, logo após a assembleia onde os servidores públicos municipais aprovaram a pauta da campanha salarial 2016, antecipada em um mês por conta do calendário eleitoral.
A pauta apresentada pelo comando do Sintraseb para os pouco mais de 700 servidores que enfrentaram uma sensação térmica superior a 40 graus nesta quinta-feira, 18, pede principalmente o envio do plano de cargos e salários da Saúde para o Legislativo, pagamento integral da hora atividade para o magistério, além do pagamento da avaliação de desempenho, entre outras questões menores. Tudo que já estaria apalavrado entre o sindicato e os representantes da mesa de negociação permanente criada pela Prefeitura. Em outros tempos.
Mas o principal sempre é a questão salarial. O previsto na negociação feita em 2014 é a reposição do INPC e mais 1%, mas este condicionado ao aumento da receita.
Aí o gato sobe no telhado ou se coloca o bode na sala. Não sei a razão destas expressões, mas é o que me ocorre para ilustrar o que pode acontecer daqui para a frente.
Ano atípico
O Informe Blumenau já fez algumas reportagens mostrando o ano difícil para os cofres municipais, com a queda de arrecadação por conta da crise econômica e da injusta divisão do montante de impostos arrecadados no país, com a concentração no Governo Federal e migalhas para os Municípios.
Foi nesta linha que ele, braço direito e fiel escudeiro do prefeito Napoleão Bernardes (PSDB), usou as expressões que abri esta reportagem, deixando claro que falava de uma forma muito preliminar, que seria preciso analisar a pauta como um todo e tomar uma decisão de governo.
Deixou claro que será difícil pagar a reposição cheia, pretendida pela categoria. “Estamos acompanhando a situação em outras cidades, do estado e do país, oferecendo 4%, 7% de reposição”, afirmou o secretário apontando queda de 7% da receita de 2015 em relação a 2014, e outros 7% no ano anterior. Destacou que a crise atinge tanto o setor público quanto o privado.
Terá força?
O recado do comando do sindicato na assembleia foi claro: a Prefeitura tem que atender a pauta, já acertada segundo o Sintraseb, até 9 de março, a data da próxima mobilização na antiga da Praça da Figueira.
Caso contrário, greve.
Vai precisar mobilizar mais a categoria. O ano não é bom.
Confira a fala da coordenadora geral do Sintraseb.
Seja o primeiro a comentar