O vereador Gilson de Souza, o Professor Gilson (PSD), tem dois desafios para fazer sair a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a concessão do transporte coletivo de Blumenau. Escolher um fato determinado que seja contundente e angariar as cinco assinaturas necessárias, em uma Câmara onde a base governista conta com 12 votos.
Sobre o fato determinado, ele focará na quebra de contrato por parte da Blumob e da suposta negligência da Prefeitura no cumprimento do mesmo.
O vereador argumenta que a não pintura dos veículos antigos da empresa, prevista no edital de licitação, dá um benefício para a antiga Piracicabana, sem a contrapartida no custo da passagem.
Gilson de Souza , matemático que é, baseia-se em números. Fez um cálculo e estima que a Blumob estaria economizando R$ 1 milhão com a não pintura, que, pelo contrato, teria que ser feita em até 30 dias depois do começo da operação, no dia 1º de julho. E questiona a falta desse retorno para a população ou o serviço.
Na sessão da Câmara dessa terça-feira, 22, ele apresentou e, foi aprovado, o requerimento solicitando a planinha de custos da Blumob do início da operação, a mesma apresentada ao Seterb.
A Blumob assumiu em julho com um acréscimo de 0,05 centavos na tarifa e em dezembro terá novo reajuste, previsto no contrato.
O questionamento do vereador é pertinente. É justo saber.
Qual a contrapartida que a Blumob oferecerá para a população? Entregar ônibus novos alguns meses antes do prazo justifica este benefício? O que o Seterb pensa disso?
O presidente Carlos Lange já disse para o Informe que a empresa teria que pintar em 30 dias, mas o prazo passou e ainda não há posição oficial. O assunto é tratado no terceiro andar da Prefeitura, que avalia bônus e ônus.
E aí entra o segundo desafio do vereador Professor Vereador Gilson. Conquistar as quatro assinaturas para apresentar o requerimento para investigar o transporte coletivo de Blumenau, hoje operando de forma adequada, mas com um passado, recente e antigo, complicado, em todos os sentidos.
O colega de partido Jovino Cardoso Neto e Adriano Pereira (PT) são votos garantidos.
Faltam dois, de um universo de três. Alexandre Caminha (PROS), Bruno Cunha (PSB) e Ricardo Alba (PP).
Quando Jovino Cardoso fez o requerimento para uma CPI sobre o mesmo tema, no primeiro semestre, os três garantiram os votos necessários para o pedido ser aceito pela Mesa Diretora, sendo abortado depois pelo parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara.
A proposta de CPI do Jovino recebeu o apoio da unanimidade dos vereadores, por uma estratégia da base governista. Mas nos bastidores era chamada de “politiqueira” e “sem fato determinado”, baseada em “suposições”.
Como será encarada a proposta do vereador Gilson de Souza? Sensibilizará os colegas Caminha, Alba e Bruno Cunha?
Se conhecemos bem da vereança de Blumenau , existirá três linhas :
1- Alguns vão assinar sabendo que a Procuradoria vai ter o mesmo entendimento anterior , mas vão fazer marketing político para enganar o povo .
2- Não vão assinar porque o Chefe da base aliada pretende ser candidato em 2018 e só fazem o que o chefe manda .
3- A CPI não vai dar em nada , pois a comissão será de vereadores da base aliada , que só fazem o que o chefe manda , e todos sabemos quem é o chefe .
Não são todos os edis , mas escapam poucos , muito poucos .
1º vereador a exercer sua função de fiscalizar e não ser assistente social, este milhão provavelmente iria pra campanha de 2018. Onde estava o presidente do seterb, que por sinal é pago com dinheiro publico para fiscalizar e não o faz, cade o MP que eu pago.