44 dias depois do início do seu segundo mandato, o prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) apresentará oficialmente a equipe de linha de frente do seu novo governo.
No geral, a avaliação dos nome anunciados no final da tarde desta quarta-feira foi positiva. O Informe Blumenau apontou apenas alguns “pontos fora da curva”, mais precisamente três.
O ingresso de Rodrigo Quadros (DEM), ex-assessor do vereador Becker (DEM), na Defesa Civil, no lugar de Marcelo Schrubbe (sem partido); A troca, pelo menos neste momento, de Éder Boron (sem partido) por Alexandre Baumgartz, indicação do PP; a saída de Paulo França (PMDB) da secretaria de Obras e também do governo.
Já escrevi sobre essas escolhas.
Baixada a poeira, com uma lupa maior e ouvindo algumas pessoas, fora e dentro do governo, é possível fazer outras ponderações. Nada mais que isso.
Muito se elogia o trabalho de Marcelo Schrubbe na Defesa Civil, mas são poucos os questionamentos sobre perfil dele para assumir o novo desafio, a Secretaria de Manutenção e Conservação Urbana. Fisioterapeuta, bombeiro voluntário, com graduação técnica em processamento de dados, MBA em Administração, aprendeu muito de Defesa Civil e prevenção nos últimos quatro anos. A pessoa que ocupará seu lugar não tem experiência para a função, assim como Schrubbe também não tem para a nova pasta.
Napoleão troca o certo pelo duvidoso, nas duas pastas. Schrubbe era uma unanimidade, mas eu não ouvia reclamações sobre o trabalho de Rafael Jensen (PP) na secretaria de Serviços Urbanos. Pelo contrário. No período pré-eleitoral ele, que é engenheiro civil, foi “namorado” por diversos partidos para ser candidato a vereador e acabou não concorrendo, segundo me falaram, por um pedido pessoal do prefeito.
Outra avaliação está sobre a escolha na secretaria de Comunicação. Ironicamente, Napoleão Bernardes, que começou sua vida profissional como comunicador, entende que que não é preciso um profissional da área. Foi assim no primeiro mandato com Raimundo Mette, Alexandro Fernandes e Marcelo Althoff (dos três, aquele com alguma proximidade). E será agora com o médico Marco Antônio Wanrowsky (PSDB), ex-vereador por seis mandatos, prefeito interino, suplente de deputado estadual e tantos outros requisitos políticos.
Pessoalmente gosto da postura e atuação de Wanrowsky, mas não dá para fechar os olhos. Na pasta que lida com a comunicação e imagem do Governo, um político será o secretário. É o resumo do pensamento do prefeito sobre qual deve ser o papel da pasta. Foi assim e continuará sendo.
E a mudança no Procon de Blumenau? Nada contra o inegável currículo do Cezar Cim, indicado pelo PP. Mas ele conseguirá executar melhor o trabalho iniciado pelo hoje vereador Alexandre Caminha (PROS) e mantido por Rodrigo Estevão? Um trabalho técnico, conectado com as ferramentas de propagação dos direitos do consumidor. O hoje político Cezar Cim terá a mesma disposição?
O novo secretário da Gestão Financeira, Roni Wan-Dall (PP), é filho do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Wilson Wan-Dall, que já foi deputado e candidato a prefeito de Blumenau. Quando Roni comandou a secretaria de Administração de Napoleão no primeiro mandato, o conselheiro Wilson declarou-se impedido de analisar as contas da Prefeitura.
Como todos sabem, cabe ao TCE respaldar (ou não) as contas dos gestores municipais. A de Blumenau chegará com um sobrenome conhecido dos demais conselheiros.
Por fim, também, com mais calma, ficam as expectativas sobre as indicações de Oscar Guilherme Grotmann Filho (PSB), para a Secretaria de Desenvolvimento Social e Cristiane Loureiro (também PSB) para a Pró-Família. São indicações pessoais do vice-prefeito Mário Hildebrandt (PSB) e, com o respeito que me merecem, não tem ainda o currículo para as funções designadas.
São ponderações apenas. Sem juízo de valor.
Preparando 2018.
O PROCON de ontem, não é o mesmo de hoje, as técnicas evoluíram e tudo é informatizado. É como trazer o velho fazendeiro pra chefiar uma equipe de zootecnistas numa fazenda. Vai dar conflito. Não fica 06 meses.
Se tivesse vergonha na cara não teria aceito o convite, deveria ter ficado com o seu escritório de advocacia. Mas a camara de vereadores não vai mais pagar um funcionário e aí fica difícil.