Novos modelos de assistência médica

Foto: reprodução Google


Por Alexandre José Ferreira – Presidente da Unimed Blumenau

Com o rápido avanço tecnológico e o aumento constante dos custos do sistema de saúde, vários países estão revendo os modelos de assistência médica. O objetivo é tornar o sistema mais sustentável, sem desperdícios e prejuízos e com foco no bem-estar e na saúde dos pacientes. São inúmeras as iniciativas discutidas, com base na atenção básica à saúde e em métodos que buscam cada vez mais valorizar o médico da família, profissional que complementa o trabalho do especialista ao fazer o acompanhamento geral da saúde da população.

É uma tendência que deu certo no Reino Unido e Canadá e já existe há anos no Brasil, porém ainda não muito utilizada. Em países onde o modelo foi implantado, houve redução nas complicações e nos desperdícios do sistema de saúde, um método que, além de trazer economia, gera um laço de confiança entre paciente e médico. É importante destacar que o médico familiar complementa o trabalho do especialista, não ultrapassando 10% dos serviços oferecidos por planos de saúde como a Unimed. O papel do especialista é e sempre será imprescindível.

No modelo de atenção familiar, equipes multidisciplinares são responsáveis pelo cuidado da pessoa, de modo que cada beneficiário seja acompanhado pelos mesmos profissionais, criando assim um vínculo entre eles. A ideia central é conhecer e acompanhar o indivíduo durante toda a vida, sempre com foco no bem-estar do paciente, ou seja, na prevenção e não na doença.

Entre as vantagens desta tendência estão a rapidez e a eficácia do atendimento, já que o médico da família tem o conhecimento do paciente e seu histórico familiar. No modelo tradicional, muitas vezes o beneficiário recebe atenção inicial em serviços de maior complexidade, como pronto-atendimentos e hospitais, e nem sempre existe continuidade nos cuidados. Além disso, os hospitais são estruturas complexas e deveriam ser destinadas a atendimentos que requeiram internação, cirurgia, atendimento obstétrico, exames e outros.

O estímulo ao médico familiar é imprescindível, realizando atendimentos simples fora do ambiente hospitalar e garantindo, assim, que as estruturas de maior complexidade sejam preservadas e atendam com melhor qualidade a quem realmente necessite.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*