O articulador

Foto: Jefferson Santos/Mesorregional

Faltando ainda definir 11 nomes do primeiro escalão – que pode ser 10 ou 9, dependendo do enxugamento administrativo a ser feito pelo futuro Governo – e a definição da eleição da Mesa Diretora da próxima Legislatura, na ausência do prefeito eleito Egidio Ferrari (PL), cabe a Dênio Scottini fazer às vezes de articulador político.

Chefe de Gabinete do deputado estadual Egidio, será chefe de Gabinete do futuro prefeito. Advogado de formação, conhecido por atuar nos bastidores da política, tem agora sua primeira experiência num cargo político de fato.

Com a ausência do prefeito eleito de duas semanas, para uma viagem particular com a família, cabe a Dênio fechar os acordos partidários. É Egidio que decidirá as indicações a partir de sua volta, no começo da semana, mas ele provavelmente chancelará as conversas de Dênio.

E bota conversa nisso, com lideranças dos partidos, vereadores, possíveis indicados. Dênio tem sido visto em muitos lugares públicos, em cafés, almoços e jantares, além de conversas com portas fechadas.  A articulação se dá não apenas para o primeiro escalão, mas para o segundo e terceiro, com ele fazendo a distribuição política dos cargos.

A matemática da distribuição não é fácil e na calculadora conta a tal de geografia das urnas. Na aliança que elegeu Egidio, são oito partidos e todos querem espaços. Além disso, outras siglas que estavam em campos opostos na eleição também querem seu quinhão, para garantir a tal “governabilidade” na Câmara.

Cabe a Dênio fazer esta distribuição de modo menos traumático possível. É muito difícil não deixar sequelas nas relações, pois todos entendem que merecem espaço e que outros não.

Dos oito partidos da aliança vitoriosa, dois parecem mais conformados com os espaços conquistados até agora,  o PL, com três, e o União Brasil, com uma secretaria, a Assistência Social.

O PSDB, partido da vice-prefeita eleita, até agora tem apenas Éder Boron na Procuradoria, mas ele pode ser visto também como da cota pessoal do prefeito. Os tucanos buscam mais dois ou até três espaços. O PP tem apenas Fábio Campos, quer mais. Cidadania e o Republicanos sonham em emplacar secretarias. E o MDB, que não elegeu vereador, também está de olho em uma ou duas vagas.

E tem ainda o Podemos e o PSD, partidos adversários do PL na eleição, que buscam espaço em troca de apoio na próxima Legislatura.

Uma contabilidade complexa, que precisa de muito jogo de cintura. Será um teste de fogo para o prefeito eleito e seu até então articulador político.

1 Comentário

  1. Se o eleitor cumprir o que falou em campanha de só levar pessoas técnicas aos cargos, não teria dificuldades. Mas sabemos que promessa de campanha não passa de narrativa.

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