Já estava claro o fisiologismo praticado no Poder Executivo e no Poder Legislativo. O toma lá dá cá sempre foi a característica de boa parte dos nossos políticos, em toda as esferas. É certo, no entanto, que nos últimos anos a promiscuidade das relações políticas ficou mais escancarada.
E com relação ao terceiro Poder, o Judiciário, sempre havia uma desconfiança, mas no geral havia uma boa vontade.
O julgamento da chapa Dilma-Temer evidenciou, como nunca, a cara dos nossos juízes. E da nossa Justiça.
E mostra que a lei depende do ponto de vista, do momento, mas principalmente dos réus.
Começo com uma pergunta, simples.
Se Dilma Roussef (PT) ainda estivesse no cargo, a posição dos quatro ministros que votaram contra o relatório pela cassação da chapa seria a mesma?
Gilmar Mendes presidente do TSE, o mais político dos juízes, teria as atitudes que teve?
Vergonha, vergonha, vergonha.
Abstrair todo o conjunto de denúncias que surgiram depois da ação protocolada pelo PSDB, ao final de 2014, é uma aberração.
Uma presidente foi afastada, o atual foi pego com a boca na botija e o presidente nacional do partido que entrou com a ação foi afastado das funções e do Senador Federal. Nos últimos dois anos, as entranhas da corrupção foram reveladas como nunca, mas não pareceram importantes para a mais alta corte eleitoral do país.
Recentemente, Paulo Eccel foi afastado da Prefeitura de Brusque por conta de uns folders que foram caracterizados como propaganda eleitoral antecipada.
Nesta sexta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral entendeu que não houve, mesmo com tantas evidências, abuso de poder econômico e nem irregularidades na campanha de Michel Temer (PMDB), ops, da chapa Dilma Temer.
E para finalizar, usando a frase eternizada pela música do Cazuza.
O Brasil que mostra sua cara é o Brasil do silêncio dos paneleiros também. Assunto para outra postagem, em breve.
PS: Parabéns aos juízes que foram coerentes com a Justiça. E peço desculpas a aqueles que não se enquadram entre os paneleiros silenciosos.
Sobre os juízes coerentes: relator Hermann Benjamin, Luiz Fux e Rosa Weber.
Para guardar os nomes de quem votou pela absolvição: o presidente Gilmar Mendes, Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga e Tarcisio Vieira de Carvalho Neto.
Olá, Alexandre!
Faço minhas as tuas palavras: vergonha, vergonha, vergonha!
O Brasil dos nossos filhos e netos, infelizmente deu mais um passo para trás.
Alcino Carrancho.
P.S.: “paneleiro” em Portugal – antiga pátria dos habitantes das Terras de Santa Cruz, significa homossexual masculino. Evita o termo, então, pois soará muito mal. “Bate-panelas” talvez fosse mais adequado.
Abraço.
Olá, Alexandre e missivistas eventuais!
Ficou “interessante” para o Temer, pois se o mesmo aparecer lá pelas bandas do norte e nordeste (tem muita gente boa por lá, claro) será vaiado.
E, se aparecer por estas bandas do sudeste e sul, vaiado será.
Conclusão: conseguiu ser mais odiado do que lula e dilma juntos (letras minúsculas propositais).
Alcino Carrancho
O absurdo da cara de pau daquela inominável ministro de cabeça branca dizer que o filhinho (no minimo sem noção) dentava entrar desesperado no plenário, no dia do principal julgamento do tse, para entregar um envelope pro papaizinho com fotos da netinha, é o único cara que ainda manda revelar foto e olha que o envelope era grosso, a indignação demostrada por ele acho é porque só recebeu um envelope $ os outros estavam recebendo $ em malas. Pra que justiça eleitoral, pra pagar salario extra dos juizes desembargadores e ministros?