Se casamentos, lindas histórias de amor, chegam ao fim, imagina alianças políticas. A foto que ilustra este post é de setembro de 2020, pouco antes do primeiro turno da última eleição municipal. Maria Regina Soar não foi decisiva para a reeleição de Mário Hildebrandt, então no Podemos – ele iria se eleger em qualquer conjuntura – , mas ela e seu PSDB foram muito importantes naquela construção política.
De lá para cá, a aproximação entre os dois – vista inicialmente com desconfiança por alguns, por conta da postura centralizadora de ambos – só cresceu. E a expressão que mais se ouvia nos eventos da Prefeitura era Mário e Maria, a sinergia entre ambos.
O prefeito sinalizava que a vice seria a candidata oficial à sua sucessão, mas nunca escondia que a conjuntura política determinaria ou não a candidatura de Maria Regina Soar. E a conjuntura política os colocará, se não em campos antagônicos, em times diferentes na eleição deste ano. Mário embarcou no PL, de Jorginho Mello, que impôs o nome do deputado estadual Egidio Ferrari como o candidato do 22 em Blumenau. E sem acenar nada para a vice e os tucanos estarem juntos no projeto.
Na semana que passou, mais um capítulo nesta separação. O encontro da Federação e PSDB, que reafirmou a pré-candidatura tucana, em evento com grande parte do secretario e cargos comissionados da Prefeitura. Mário Hildebrandt não foi.
Representantes do PP, MDB, Podemos e Republicanos também foram, mas ninguém do PL, numa clara que não há interesse em uma aliança.
Boa parte das separações deixa cicatrizes. Estou curioso para saber até quando se manterá esta “harmonia” na Prefeitura, visto que muitos farão campanha para Maria Regina e não para Egidio Ferrari, hoje o candidato do prefeito. E quais sequelas podem ficar.
Casamento em política não existe , como existir casamento se não existe lisura,transparência , dignidade ?