A intenção pode ser boa, mas é incomum e gera insegurança em cerca de 300, 320 pessoas, detentoras de cargos em comissão na Prefeitura de Blumenau. E no funcionamento da máquina pública.
Como é sabido, o prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) decidiu só fazer as nomeações em fevereiro, depois de suas férias. “Nossa responsabilidade é fechar contas, atender a lei de responsabilidade fiscal”, disse Napoleão mais de uma vez, sempre afirmando que é um novo Governo, com novos desafios.
Por enquanto, os cargos comissionados do primeiro mandato permanecem nos postos.
Vou repetir uma expressão que ouvi de um servidor comissionado na última quinta-feira, 5, durante a transmissão de posse do cargo de prefeito para Mário Hildebrandt (PSB): “Isso aqui parece o balcão de empregos do Sine”, referindo-se ao Salão Nobre, cheio de pessoas lotadas em cargos de confiança, além de familiares e amigos de Hildebrandt.
Conversei com algumas pessoas e elas me relataram esta “insegurança”. Pessoas que poderiam estar tocando a vida, em outros projetos, mas como não sabem seu futuro, terão que esperar mais um pouco. Se permanecerem no governo, tudo certo, mas se tiverem que sair?
Veja a lista dos secretários municipais e presidentes de autarquias e fundações. Você acha que vai permanecer assim, lembrando que é preciso acomodar os interesses partidários de 13 siglas? Estas pessoas, que ajudaram Napoleão ao longo do primeiro mandato, não mereciam uma consideração melhor?
O fato é que Napoleão já tinha definido suas merecidas férias, independente do resultado eleitoral, Ficaria ruim nomear uma equipe nova e ele estar fora da Prefeitura. É a única hipótese, pois a versão oficial, de fechar as contas, é restrita a um grupo pequeno de servidores, nem todos comissionados.
Enquanto ele está de férias, seus assessores mais próximos articulam e medem a fome dos partidos e partilham estas mais de três centenas de cargos.
Interessante é que um dos responsáveis por montar este quebra-cabeça é Jean Havenstein, sem cargo na Prefeitura. Ex-chefe de Gabinete, deixou o cargo em agosto para coordenar a campanha eleitoral do tucano e mesmo com a vitória, não voltou “oficialmente”, apesar de despachar na sala ao lado do prefeito e estar em boa parte das fotos das reuniões políticas.
Para mim, a situação criada pelo próprio governo é estranha e inusitada. A foto que ilustra esta postagem é da plateia que acompanhou a transmissão do cargo, na última quinta. Muitos que estavam ali esperam respostas para o futuro deles.
Cargos de confiança ou favores de campanha ?
Se gostassem de uma carteira assinada não estariam ali esperando para ver se ficam na “teta”… Que “sofrimento”…
ESPERO, que consiga, pois acomodar 13(partidos) dentro de nossa prefeitura, extrapola e lei da física,pois dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, vamos esperar o milagre acontecer, COMO SUGESTÃO QUE TAL UM RODIZIO…
Fato que nos chama a atenção é ouvir o Prefeito falando que vai mudar os secretários no retorno das férias . Todos os secretários atuais foram empossados pelo Prefeito, alegando que são pessoas que fazem jus ao cargo , então porque agora efetuará troca ? Eles deixaram de ter os adjetivos informados pelo prefeito quando da nomeação , desaprenderam a trabalhar ? Ou realmente a troca vai ocorrer para pagar favores de campanha por apoio político ?