Desde que assumiu – ainda antes também -, o governador Jorginho Mello (PL) tem repetido que o Estado terá uma queda brutal de arrecadação a partir de 2023. Já convocou entrevista coletiva com a equipe econômica há duas semanas, falou sobre o assunto nesta terça-feira quando leu sua primeira mensagem como chefe do executivo na Assembleia Legislativa e nesta quarta a Secretaria de Comunicação apresentou um release onde fala que a receita de janeiro caiu cerca de 4% referente a dezembro, apesar do desempenho da economia ter sido positivo.
No Parlamento, Jorginho disse aos deputados uma mensagem que na verdade é direcionada aos prefeitos, que, com razão, estão angustiados. Confirmou a suspensão das transferências do Plano 1000 para os municípios, conforme orientação do Ministério Público, e afirmou que a questão será resolvida com responsabilidade. “Sou municipalista, mas não podemos pagar 5 milhões de reais num quilômetro de asfalto.” Apesar desta fala, ele logo depois disse que o Governo tentará honrar os compromissos já assumidos.
Se as obras que estão em andamento ainda se tem uma expectativa positiva de serem concluídas, novos investimentos são um grande ponto de interrogação. Como por exemplo, a compra do Complexo do Sesi, para que seja municipalizado. O governador anterior, Carlos Moisés (Republicanos), durante a campanha eleitoral, garantiu com pompa que o Governo ia bancar R$ 30 milhões para pagar à FIESC, sendo que outros R$ 1,3 milhão são a contrapartida da Prefeitura.
O prefeito de Blumenau Mário Hildebrandt (Podemos) mantém o otimismo, lembrando a importância social do investimento. Entende que o governador precisa tomar pé do todo do fluxo de caixa do estado, mas que deve fazer este gesto para Blumenau.
O Plano 1000 foi uma estratégia do governo anterior na reta final do mandato, de olho na reeleição. Já Jorginho Mello se elegeu tendo duas bandeiras principais, zerar a fila de espera nas cirurgias e faculdade gratuita em Santa Catarina. Voltou a falar nestes dois compromissos no discurso da Assembleia Legislativa, reforçando como prioridades do mandato.
São estes os nós que o novo governador deve priorizar neste primeiro ano e, com o contexto econômico, muita coisa deve ficar em compasso de espera.
Tem gente que vai ficar chateada, pois o SESI já estava todo loteado para cargos e possivelmente para virar estádio de futebol para empresa particular….com a palavra Egídio, Alexandre,Valdair, e outros.
Vitória do Povo, mesmo que lotado (o que nunca aconteceu com o time particular), o estádio não comporta 1% da população, ou seja estavam elitizando o Sesi em nome do “social”.
Quando o prefeito Mário fala em importância social da municipalização do SESI, deve estar se referindo ao número de comissionados que ele e a sua turma poderiam amparar no SESI… Continuo torcendo para que essa municipalização jamais aconteça!!!