Há quatro anos o PSD perdia a eleição municipal de Blumenau, mas saia forte, mesmo com o baixo desempenho do candidato de então no segundo turno, Jean Kuhlmann. João Paulo Kleinübing deixou a Prefeitura com bons indíces de aprovação e a sigla elegeu quatro vereadores e fez pelo menos três suplentes com votação expressiva, entre 3 e 4 mil votos.
Em seguida houve a Operação Tapete Negro e o desdobramento do processo na justiça eleitoral. Mandatos cassados, mandatos devolvidos, muito holofote, muitas evidências, mas ninguém penalizado judicialmente quatro anos depois.
Em 2014, o partido em Blumenau reelegeu dois deputados estaduais, Jean Kuhlmann e Ismael dos Santos, e elegeu um deputado federal, João Paulo Kleinübing. De lambuja, em Santa Catarina reelegeu o governador Raimundo Colombo, que apoiava e teve apoio da então presidente Dilma Roussef (PT) e depois emplacou o deputado Gelson Merisio como presidente da Assembléia Legislativa.
Começou este ano de eleições municipais turbinado pela força destas lideranças estadualizadas, mas também com as contradições delas.
O governador Colombo, até então bem quisto pelas bandas de cá, queimou-se ao manter fidelidade a presidente Dilma no auge da crise. Isso sem falar do desrespeito dele com a cidade quando o assunto é segurança pública.
Kleinübing abriu mão de ser deputado federal para ocupar a secretaria de estado da Saúde. Assumiu recentemente por um breve período, para votar o impeachment da presidente. Perdeu a oportunidade de ficar por lá e agora encara uma das mais graves crises da saúde estadual.
Em Blumenau o partido definhava já desde 2015. Dos quatro vereadores eleitos e dos três suplentes, apenas Fábio Fiedler ficou e perdeu. Aliados de primeira hora bandearam para a campanha adversária. Não queriam fazer campanha para Kuhlmann.
São os vereadores e possíveis candidatos os soldados em uma eleição municipal.
Para a próxima legislatura o PSD elegeu dois, o vice-prefeito Jovino Cardoso Neto e o professor Gilson. Tenho duvidas quanto tempo ficarão na sigla.
E perdeu o primeiro turno das eleições para prefeito. Corre atrás do prejuízo, que é imenso.
Para piorar a situação eleitoral, um protesto reúne gestores municipais de saúde na porta do centro administrativo do Governo, em Florianópolis. Leia aqui.
Para piorar mais, representantes de fórum de servidores públicos pedem o impeachment do governador. A reportagem está aqui.
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