Com relação ao novo ambulatório geral do Centro, inaugurado nesta terça-feira, 15, o Informe Blumenau já fez duas reportagens, todas com caráter crítico, principalmente no que diz respeito ao pagamento de 15 meses de aluguel até a cerimônia de hoje. Um custo de cerca de R$ 400 mil, somente em locação. Confira aqui.
Outra crítica que fiz é sobre a localização e a falta de linhas de ônibus. Só uma passa pelo local, na rua República Argentina, 2077, onde funcionava a antiga revenda da Peugeot. A promessa do Executivo é tentar resolver o problema no espaço mais curto de tempo possível.
Mas é preciso reconhecer a excelência da estrutura nova, em comparação com a antiga, na rua Itajaí. Pequena, inadequada, quase insalubre, segundo os servidores que lá trabalhavam. Esta foi a linha dos discursos hoje, desde o presidente do Conselho Municipal de Saúde, da secretária municipal de Saúde, Maria Regina Soar e do prefeito Napoleão Bernardes (PSDB), além dos vereadores Fábio Fiedler e Robinho ( ambos do PSD), que também se manifestaram.
O novo AG tem pouco mais mil metros quadrados, muito mais espaço para os usuários e para os trabalhadores. Móveis e equipamentos novos, tudo novo. Está pronto para prestar todos atendimentos previstos para uma estrutura como esta. Funciona ali também o Centro de Especialidades Odontológicas. Mas o prédio é bem maior, com quase dois mil metros quadrados. Em 2016 deve receber também o Centro de Saúde da Mulher, o Núcleo de Apoio aos Diabéticos, a Central de Ambulâncias e o setor administrativo do SAMU.
Não tenho condições de fazer uma avaliação do serviço prestado na rede pública de Saúde de Blumenau. Mas é uma das áreas onde a administração Napoleão Bernardes (PSDB) tem feito mais investimentos.
Cumpriu uma promessa de campanha e estendeu o horário de atendimento até meia noite em quatro ambulatórios da cidade. O ambulatório da Velha foi totalmente reformado e os ambulatórios do Garcia e da Fortaleza receberam reformas.
O prefeito, em seu discurso, fez questão de dizer que o Município aplica bem mais que o recurso constitucional previsto, que é 15% do orçamento. Segundo Napoleão são 27, 28% do orçamento da Prefeitura aplicados na saúde todo o mês.
Como o dinheiro pago em 15 meses de aluguel sem usar a estrutura ficou para trás, é preciso destacar estas ações. E torcer pela escolha da localização do novo Ambulatório do Centro ter sido realmente a melhor.
Eu não acho que durante estes 15 meses não houve a utilização do espaço. Não é porque não havia ainda o AG, que ele não estava sendo usado.
Imagine você, proprietário de um imóvel que a prefeitura quer utilizar. Você fecharia o contrato com a prefeitura e ficaria 15 meses sem receber, enquanto fosse montado todo o projeto de adequação do espaço obedecendo todas as normas sanitárias e de arquitetura? Além de todo o período das licitações e da obra? Não creio. Eu, se eu fosse dono, queira começar a receber na assinatura do contrato.