O que aconteceu para Alexandre Matias deixar a secretaria de Educação?

Foto: CMB

Sem conseguir falar com Alexandre Matias (PSDB) e com ninguém do Governo, o Informe foi atrás dos possíveis motivos que levaram o secretário de Educação a pedir exoneração e voltar a ser vereador, com menos de um mês de administração de Egidio Ferrari (PL).

A decisão pegou todos de surpresa. Em suas redes sociais, Matias diz que foi por motivos pessoais, citou a família, mesmo motivo que externou para a equipe da secretaria que trabalha com ele. “É mesmo muito desgastante”, afirmou uma pessoa que trabalhava com ele, dizendo que não tem sábado, domingo nem feriado.

Sim, deve ser mesmo. Mas era o que Alexandre Matias queria, tanto que voltou para a secretaria depois de reeleito vereador. Antes mesmo de ter o nome confirmado, falava para seus interlocutores que queria permanecer no cargo, o que lhe garantiu visibilidade e uma eleição mais tranquila em 2024 do que em 2020.

Então, salvo um problema de saúde familiar – que tomara que não seja! -, não faz sentido a mudança de opinião dele.

O Informe já tinha ouvido e ouviu novamente duas versões depois do anúncio da exoneração.

Uma tem a ver com política. O PSDB teria perdido uma fatia importante do espaço nos cargos comissionados na atual administração e Matias, como uma das principais lideranças tucanas, teria ficado incomodado. Como teria ficado incomodado com a posição da administração municipal na eleição da Mesa Diretora, onde o grupo em que ele estava, que apoiou a eleição de Egidio Ferrari, ficou alijado dos espaços, sendo que muitos ficaram com vereadores de oposição.

Uma outra versão tem relação com a recente licitação dos uniformes escolares, suspensa no começo de dezembro e retomada em meados de janeiro, já na atual administração. O processo foi bastante questionado pelo Tribunal de Contas do Estado, que, no entanto, não concedeu liminar para suspender o pregão.

Além do mais, uma das empresas que faz parte do consórcio vencedor é uma velha conhecida por ter problemas em licitações em outros lugares, como em Campo Grande e no Paraná.

Algumas situações relacionadas a esta licitação teriam incomodado o prefeito e seu grupo mais próximo.

Sem a versão oficial da Prefeitura, ficamos com a versão do agora ex-secretário pelas redes sociais. Mas vamos atrás de mais informações.

2 Comentário

  1. Então, técnico em educação nunca foi , como administrador não consegue fazer uma licitação de uniformes. Como secretário de educação não tem conhecimento, mas para vereador serve ? Quem votou que cobre .

  2. Já deveria ter uma lei proibindo que eleitos para vereador,deputados e outros cargos eletivos fossem proibido de deixar o cargos que foram eleito para assumir outra atividade, pois ele fez campanha para vereador e não para secretário. Acho desrespeito com que votou nele. Minha opinião. Abraço.

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