Nesta quinta-feira, 02, acontece a sessão inaugural da nova Legislatura de Blumenau. Dos 15, quatro assumem pela primeira vez: Alexandre Mathias (PSDB), Bruno Cunha (PSB), Ricardo Alba (PP) e professor Gilson (PSD).
Cinco já tiveram o gostinho de assumir a vereança, como suplentes que foram: Sylvio Zimmerman Neto (PSDB), Ailton de de Souza (PR), Almir Vieira (PP), Alexandre Caminha (PROS) e Marcelo Lanzarin (PMDB) já ocuparam a cadeira no mandato passado.
Jovino Cardoso Neto (PSD) volta para o parlamento, depois de ser vice-prefeito na primeira gestão de Napoleão Bernardes (PSDB).
E cinco vem do mandato passado, sendo que Jens Mantau (PSDB) entra no sexto. Além dele, Marcos da Rosa e Becker (DEM), Zeca Bombeiro (SD) e Adriano Pereira (PT).
E o que esperar deles?
11 pertencem a base governista e quem foi eleito pela oposição não é tão oposição assim.
O isolado Adriano Pereira, no PT, será contundente?
Então, para começar, não se espere turbulências na relação do Legislativo com o Executivo.
Três vereadores elegeram-se com a proposta de fazer uma nova política, diferente da que está aí. São eles Bruno Cunha, Ricardo Alba e Professor Gilson. Qual a diferença trarão? Deixar de lado o carro oficial e o celular é simbólico, mas pouco.
Ainda entre os novos, Alexandre Mathias é uma novidade tucana, mas segue a esteira da velha política, ainda do pai Valdair Mathias, ex-presidente do Samae. Pode ser novo ou não.
Alexandre Caminha é uma grande incógnita. Não há dúvida de que o espaço para ele trabalhar a defesa do consumidor é grande, mas como agirá na relação com a administração de Napoleão Bernardes, seu antigo ninho?
Marcelo Lanzarin é um ponto de equilíbrio da atual legislatura. Foi secretário municipal de Saúde, vereador suplente, tem trânsito com João Paulo Kleinübing (PSD), mas elegeu-se pelo PMDB. Hoje está com o o Governo, mas tem lux própria e ambição. Sua atuação pode mudar o jogo interno.
Sylvio Zimmermann Neto (PSDB) tem uma cultura acima da média e foi escolhido como líder do Governo. É um “lord”. Resta saber quais interesses defenderá na “casa do povo”.
Marcos da Rosa é o presidente e, mesmo sendo o mais votado nas duas últimas eleições, parece ainda não ter identidade própria. A ação administrativa dele no comando do parlamento pode ser uma marca que ainda não existe, destacando sua integridade e boa vontade.
Ailton de Souza, Almir Vieira, Jovino Cardoso Neto, Jens Mantau, Zeca Bombeiro e o Becker representam a política tradicional, aquela do varejo com o eleitor, de apelo comunitário. Ajudam o “povo” com dividendos para eles próprios. Não espero algo diferente deles, apesar de reconhecer o trabalho.
Não espero muito deste Parlamento. Antes de começar a Legislatura, Napoleão Bernardes e seu núcleo político construíram uma base segura, o que representa “amém” a muitas coisas do Executivo. A oposição fará falta.
Mas espero bastante de alguns vereadores, que possam ter posições coerentes, menos submissas e voltadas para o conjunto da população.
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