O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, participa nesta quinta-feira, 14, de audiência na Comissão de Fiscalização e Controle do Senado. A reunião está agendada para as 10 horas da manhã. Além do ministro, também participam o diretor-executivo da Polícia Federal, delegado Sandro Torres Avelar, e Michael Mohallem, consultor da Transparência Internacional.
A audiência pública foi convocada para debater as sugestões das Forças Armadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o aprimoramento do sistema eletrônico de votação.
Nesta quarta, 13, o Tribunal de Contas da União reafirmou que não identificou riscos à realização das eleições em 2022. Segundo a Corte, não foram identificados até o momento riscos relevantes à realização das eleições em 2022.
Enquanto isso, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, disse não ser papel dos militares interferir no processo eleitoral e afastou a possibilidade de ocorrer no Brasil um episódio semelhante à invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021.
“A palavra está dada pelo ministro da Defesa e pelo comandante das Forças [Armadas] que ninguém vai interferir em nada de processo eleitoral. Nem é papel militar. O que existe hoje é um ‘metaverso’ que vem sendo criado, por parcela da imprensa, querendo que aconteça a eleição aqui no Brasil da mesma forma que aconteceu nos Estados Unidos”, afirmou em entrevista à revista Veja publicada nesta terça-feira, 12.
Segundo ele, o processo eleitoral é “totalmente diferente” nos Estados Unidos, o que indicaria que os episódios não devem se repetir. “Então aqui não tem espaço para 6 de janeiro porque aqui não existe 6 de janeiro”, disse.
A fala de Mourão ocorre após uma declaração do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, durante um evento em Washington, no começo de julho.
Na ocasião, o ministro levantou a possibilidade de o país ter um episódio “ainda mais agravado” do que a invasão do Capitólio por apoiadores do ex-presidente Donald Trump, após a vitória de Joe Biden nas urnas.
Mourão também negou haver “tensão” no Exército em relação às eleições. “Por que o grupo militar estaria tenso? O grupo militar só será usado… Qual é uma das funções das Forças Armadas? Garantir a lei e a ordem, se houver uma baderna generalizada no país, independente de quem forem os baderneiros e o sistema policial não der conta disso”, afirmou.
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