O retrato da vitória de Napoleão Bernardes em números

Foto: Karol Bonin

Foi a quarta vez que o candidato Napoleão Bernardes (PSDB) colocou seu nome a disposição do eleitor para ser prefeito de Blumenau. Nos dois turnos de 2012 e 2016.

É em cima do desempenho em números que escrevo esta postagem.

Foto: Karol Bonin
Foto: Karol Bonin

Com a vantagem de 18 mil votos conquistada no primeiro turno, Napoleão predominou no coração dos 36 mil eleitores  dos candidatos que ficaram de fora no 1º turno. Fez 23 mil mais, contra 13 mil de Kuhlmann, números arredondados

Napoleão fez 104.535 neste segundo turno. 25 mil votos a menos que no segundo turno de 2012, quando era a grande novidade do pleito, a mudança frente aos candidatos do PSD e do PT.

Lá atrás, em 2012, Napoleão venceu Jean Kuhlmann (PSD)  com mais de 76 mil votos de diferença. Neste ano, na relação com quatro anos atrás,  Kuhlmann cresceu de 53.525 para 77.063 votos e a diferença entre ele e o tucano diminuiu para 27 mil votos.

Na relação com aqueles que votaram em branco, nulo ou não compareceram, houve variações importantes entre os dois turnos, mas no resultado final fica “elas por elas.”

Foram mais de 28 mil eleitores que anularam ou votaram em branco no dia 2 de outubro. Este número caiu para 21.836.

Provavelmente estes eleitores optaram simplesmente em não votar. A abstenção cresceu. 26.723 não compareceram. No primeiro turno foram 20.823 os ausentes.

O número de votos válidos no primeiro turno foi de 180.879. No segundo, 181.608 votos. São 729 eleitores a mais que antes.

Então, fica claro que Napoleão venceu Kuhlmann em cima dos votos dados no primeiro turno para os candidatos Ivan Naatz (PDT), Arnaldo Zimmermann (PCdoB) e Valmor Schiochet (PT).

Agora, contabilizar apenas os votos válidos é não considerar o todo. O todo diz que 47 mil blumenauenses não escolheram  candidato algum. Quase a metade dos votos no prefeito reeleito, quase dois terços do candidato derrotado.

1 Comentário

  1. Quando há a oportunidade legítima de se ter uma outra opinião, o povo acomodado escolhe o que não muda.
    Desejamos a continuidade que agora FAÇA e não de apenas sorria, Que seja a “ponte” construída sobre o rio e mais com a sociedade que pelos motivos certos ou errados o conduziu a situação ao paço municipal. Que este não tire dinheiro da educação para fechar contas de outras autarquias com a anuência da câmara de vereadores.
    Enfim comunidade de Blumenau, até daqui a quatros anos, quando a história colocará em suas páginas as atitudes e decisões então assinadas, para o bem ou para o …….

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