O rito da transição

A foto é emblemática. Depois da festa da vitória, a primeira visita protocolar do prefeito eleito ao atual prefeito e à atual vice, que é a vice eleita também. Egidio Ferrari (PL), Mário Hildebrandt (PL) e Maria Regina Soar (PSDB) se encontraram no gabinete do prefeito nesta segunda-feira pela manhã.

É um ato simbólico do começo da transição de governo.

“Processo eleitoral vencido, agora é o momento de iniciarmos as conversas para que a transição de governo aconteça da melhor maneira possível. A transição é importante para que o novo prefeito conheça mais a fundo o que está sendo feito, o que está projetado e quais os principais desafios que podem ser enfrentados no início da sua gestão na Cidade. E certamente nós auxiliaremos no que estiver ao nosso alcance. O objetivo sempre foi e seguirá sendo construir uma Blumenau ainda melhor para todos nós”, afirmou Hildebrandt.

Será uma transição tranquila, mas diferente, pois são grupos diferentes, apesar de todos estarem no mesmo barco. É provável, não é informação, que a grande maioria dos integrantes do primeiro escalão da atual gestão não permaneça. E são eles que repassarão as informações de que o grupo de Egidio Ferrari vai precisar para dar a largada na sua gestão.

Uma curiosidade será o espaço do PSDB, da vice-prefeita, na futura administração. É a sigla que tem mais espaço nos mandatos dos três últimos prefeitos.

Por mais que se evite falar isso, a radiografia das urnas para a Câmara terá impacto na composição do governo. Egidio Ferrari reuniu no seu entorno oito partidos e, se quiser tranquilidade no Legislativo, terá que encontrar espaços para acomodar todos.

Precisa ter sabedoria para, nesta divisão, cercar-se de pessoas de sua inteira confiança em postos-chave e cobrar que as indicações partidárias tentem se enquadrar nos critérios técnicos que o cargo em questão exige.

Não é e não será tarefa simples.