Interessante ver minha time line no Facebook já no começo da noite desta quarta-feira, 10. Um lado enaltecendo a postura do ex-presidente Lula (PT) e outro execrando ele. Para uma parte, deu um nó no juiz Sergio Moro, para outra, mostrou como está enrolado nas denúncias de corrupção.
Lula trouxe o seu depoimento judicial para o campo que mais domina, o político. Negou ser proprietário do famoso triplex no Guarujá, foco desta investigação.
Pelo que ouvi e li de advogados que conheço e respeito, nem Moro, nem os representantes do Ministério Público, conseguiram apresentar provas consistentes que o incriminasse. Luiz Carlos Nemetz, advogado renomado e um critico do PT (ele já foi filiado ao partido, concorreu a vice-governador, mas hoje bate muito na sigla), escreveu em suas redes sociais que o ex-presidente “tende ser absolvido deste processo, por falta de provas”.
Lembrando que outras ações contra Lula ainda tramitam.
Mas para muitos, em especial grande parte da imprensa, Luis Inácio não deu explicações convincentes, colocando responsabilidades na falecida esposa, a ex-primeira dama Marisa Letícia, eximindo-se de responsabilidades.
Em alguns momentos do depoimento, o confronto entre Lula e Moro ficou mais tenso. O magistrado manteve a tranquilidade e o tom de voz, o ex-presidente também não perdeu a linha, usando de sua oratória simples, mas contundente.
Acompanhei boa parte do depoimento. Também não vi uma prova concreta para incriminá-lo e sim tentativas de pegá-lo em contradições a partir de depoimentos de delatores.
Deixando claro que me refiro a esta acusação do triplex, nas outras ações os elementos de acusação talvez sejam mais concretos.
A corrupção no Governo do PT (e de outros partidos) era evidente, escancarada. Agora não sei se Lula era o “chefe da quadrilha”, como muitos tentam pintar. Pode até ser, mas ainda não tenho esta convicção.
O respeito como presidente, vejo seus dois mandatos como exitosos para o país, ao contrário do que foram os mandatos de Dilma Roussef.
Se cometeu crimes deve se responsabilizado. Mas acredito que a Sergio Moro e o MP devem trazer mais consistência para eventuais novos depoimentos, sob o risco de não alimentar ainda mais o discurso do ex-presidente, que saiu do depoimento e foi para o palanque, onde se sente em casa.
Para uma um grupo organizado que esteve em Curitiba em bom número, filiados e simpatizantes, voltou a colocar-se como vitima e como candidato a presidência no ano que vem.
Foi mais um combustível para ele.
Concordo com você Alexandre …mas é repugnante ver este “monte de gente” ovacionando um ladrão .
Eles esperavam mais de 30 mil pessoas para ovacionar este ser repugnante , não foram 10 mil , sobrou pão com mortadela para levar de caminhão .