O único catarinense que não votou pela cassação de Cunha é do Vale do Itajaí

Sempre digo, a informação é a arma para tudo, ainda mais na política. Abasteça-se e informe-se bastante.  E tire suas conclusões.

A mais nova foi trazida pelo jornalista Moacir Pereira, no Diário Catarinense. Ele publicou uma nota oficial do deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB), o único catarinense que não esteve presente na votação do processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB), na noite de segunda-feira, 12.

Peninha tem a base eleitoral no Vale do Itajaí e boa inserção em Blumenau.

O deputado disse que  não acha “justo ser oportunista de ocasião”. Diz que o colega não foi julgado por corrupção e sim quebra de decoro. É verdade. Eduardo Cunha não contou, em depoimento,  que tinha contas na Suíça. Elas foram reveladas e contabilizadas em alguns milhões de dólares.

Um detalhe. Cunha disse que não mentiu, apenas não fizeram a pergunta certa.

Mas não é sobre o ex-presidente da Câmara, agora cassado, que quero refletir.

É sobre o nosso deputado Rogério Peninha Mendonça, que tem muitos eleitores em Blumenau.

Não sei o que é pior. Apoiar Eduardo Cunha ou se esconder faltando a uma sessão tão importante?

Foto: divulgação pessoal
Foto: divulgação pessoal

Este é o deputado Peninha. Em 2018 vai pedir votos aqui. E ganhará.

Segue a nota dele ao colega Moacir Pereira.

“Sempre tive uma boa relação política com o deputado Eduardo Cunha. Ele me ajudou a defender ideias e projetos importantes, como a redução da maioridade penal e a instalação da Comissão Especial do PL 3722, de minha autoria, que revogará o Estatuto do Desarmamento. Também foi decisivo para o impeachment de Dilma, que dentre tantos equívocos, deixou 11 milhões de desempregados e um déficit de R$ 170 bilhões nos cofres públicos do Brasil. Com a interlocução de Cunha, também consegui a liberação  de recursos do governo federal para dezenas de municípios catarinenses.

“Não tenho o rabo preso com ninguém, muito menos com o Sr Eduardo Cunha. Fui eleito para representar meus eleitores, cidadãos de Santa Catarina. Acredito que cada parlamentar tem de ser julgado pela Justiça e pelas urnas. A própria Dilma teve um julgamento imparcial, presidido pelo Supremo Tribunal Federal. Abri mão de votar na cassação de Cunha por acreditar nisso. Nesta segunda-feira Cunha não foi a julgamento por corrupção, mas por quebra de decoro. Respeito a posição de todos, mas não acho justo ser um oportunista de ocasião. Eduardo pode ter errado e será punido, se a Justiça assim concluir. Porém, sou um homem de palavra e de convicções. Continuarei defendendo os projetos que acredito até o povo de Santa Catarina achar que eu não devo mais. Tenho minha consciência tranquila.” 

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