Ninguém falará isso abertamente, mas o clima não será bom para o deputado Sargento Lima (PSL) na Assembleia Legislativa nos próximos dias.
Foi dele o único voto, entre os parlamentares, a favor da governadora Daniela Reinerh (sem partido), voto que fez a disputa ser decidida no voto de minerva pelo presidente do Tribunal Especial montado para julgar o pedido de afastamento contra o governador Carlos Moisés (PSL) e a vice, Ricardo Roesler, que, como o deputado Lima, rejeitou no caso de Daniela Reinerh.
Havia uma espécie de consenso que os cinco deputados votariam pela admissibilidade da denúncia contra os dois, o que culminaria o afastamento de ambos. A posse de Júlio Garcia, presidente da Assembleia Legislativa era dada como certa e a boca pequena se falava em alguns nomes para o governo de transição.
Mas não foi o que aconteceu.
Especula-se que Sargento Lima tenha seguido orientações de Brasília, ele que, como Daniela, é aliado com a família Bolsonaro. Na defesa do seu voto nesta sexta-feira a noite, disparou apenas contra Moisés e defendeu a inocência da vice.
Ganha força no governo provisório e a desconfiança de muitos de seus pares.
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