Hoje aconteceu a segunda reunião entre representantes das empresas de ônibus, da Prefeitura e do Sindetranscol. Desta vez mediada pela Procuradora do Trabalho, Daniela Elbert. Na semana passada, quem coordenou foi o juiz do Trabalho, Silvio Ricardo Barchechen.
Trabalharam a perspectiva de pagamentos dos débitos mais recentes com os trabalhadores, no caso, o salário de dezembro e o décimo-terceiro, este atrasado há quase um mês. Definiram que no dia 20 de janeiro o valor arrecadado nos últimos dias com a venda dos créditos antecipados pelo Siga, bloqueado pela Justiça, será dividido igualitariamente entre a categoria, equivalendo a parte do salário.
A intenção do sindicato é garantir inicialmente o pagamento dos salários, incluindo aí o vale-alimentação. Também busca entendimento sobre questões específicas, como pensão alimentícia e créditos consignados, descontados em folha de pagamento.
Até o dia 20 a entrada de dinheiro no sistema não será significativa, as partes sabem disso. A cidade começa a funcionar mesmo no dia 18 de janeiro, com um gás em fevereiro, iniciando o ano mesmo com o começo das aulas, depois do carnaval. Há uma expectativa, talvez otimista, que os débitos com os trabalhadores sejam quitados até começo de março.
Agora um novo combustível surgiu para amenizar a situação, o reajuste da tarifa anunciado pela Prefeitura. Um pouco mais de 10%, seguindo a inflação oficial. Era inevitável e chegou na melhor hora possível.
O caos do transporte coletivo, em especial o mais recente, teve um argumento legitimado por esses últimos encontros.
Era preciso aumentar a tarifa.
Ameniza, não soluciona.
Empurra com a barriga, ainda mais em ano eleitoral. Pode ser conveniente.
É preciso esperar os novos passos da Prefeitura. Eles revelarão o perfil de solução que a gestão Napoleão Bernardes (PSDB) dará para a maior crise no transporte coletivo da cidade.
O aumento era previsível.
E o que mais?
Mesmo com o aumento, é uma das tarifas mais baratas de Sta Catarina.