Operação Mensageiro precisa ser um divisor de águas na política catarinense

Força tarefa analisa documentos apreendidos. Foto: divulgação

Que tem corrupção nas diferentes esferas do Poder Público todos nós sabemos, mas sempre aparece como coisas isoladas, aqui e ali. Mas o que a Operação Mensageiro, das forças especiais do Ministério Público, revela, é estarrecedor, protagonizando o maior escândalo de corrupção da política catarinense.

Os números são impactantes e aqui nem falamos do dinheiro desviado. 15 prefeitos foram detidos, de diferentes partidos e de cidades de portes diferentes. Secretários municipais e empresários também estão detidos, em apenas um esquema de corrupção, que envolve apenas um grupo empresarial, a Serrana Engenharia, que atua no serviço de coleta e destinação do lixo.

Algumas cidades do Vale do Itajaí estão no centro do escândalo. A mais representativa, por enquanto, é Ibirama, com o prefeito Adriano Poffo (MDB) detindo na última quinta-feira. Alguns prefeitos de cidades um pouco maiores também estão presos, como o de Lages, Antônio Ceron (PSD) e o de Tubarão Joares Ponticelli (PP), figuras conhecidas da política estadual.

A investigação segue – já foram quatro fases da operação Mensageiro – e a expectativa é que as provas coletadas sejam robustas para manter os denunciados presos e que, de preferência, sejam obrigados a ressarcir os valores roubados para os cofres públicos.

Que seja pedagógico, através do exemplo da punição.

1 Comentário

  1. Se nem com a lava-jato tiraram lição, imagina com a mensageiro. Tem que se mudar as leis, não da para ter condenados com provas claras sendo eleitos, o maior exemplo é o nosso presidente presidiário.

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