Opinião | 11/9: minorias violentas

Foto: reprodução

A semana foi dura para quem prefere o lado da paz, do diálogo. Se o domingo é dia de descanso, reflexão, no 11 de setembro lembramos, enlutados, de todos aqueles que a intolerância levou a vida. Ganharam voz minorias violentas que, mesmo com tantos anos de civilização, afetam os dias, o sossego e a tranquilidade em todos os cantos do planeta.

No Brasil não fugimos à regra, em especial neste período eleitoral de 2022. Como está cansativo e assustador conviver com as inúmeras tentativas de um grupo que persiste no caminho do ódio, do terror, da falta de humanidade.

Digo, sem medo de errar, que esta teima bandida não representa a maioria de nós. Estejamos no lado A ou B do espectro político, posso presumir que ninguém quer louvar a morte, a eliminação física daqueles que pensam diferente. Apenas míseros infelizes, ignorantes, escolhem lucidamente o caminho sombrio da violência. No rastro deles seguem papagaios que não pensam, repetindo, fazendo coro, aos gemidos de animais, da boiada passando.

O matemático, líbano-americano, Nicholas Taleb, costuma dizer que “basta que uma minoria intransigente — um certo tipo de minoria intransigente — digamos 3% ou 4% da população total, para que a população inteira tenha que se submeter a suas preferências”. Ou seja, uma ínfima parcela dos seguidores do islamismo estão dispostos a sacrificar inocentes para atingir seus objetivos. Porém, os atos terroristas levaram o planeta a temer todos os adeptos do Islã.

Este parece ser o vivido hoje no país. O grito, a ameaça, o medo, a falsa narrativa encurrando as opiniões, opções e vontades.

Explodem relatos de morte e tentativas de homicídios por não vestir a mesma cor eleitoral. Colegas jornalistas, especialmente as mulheres, como foi o caso da Dagmara Spautz (NSC), sofrem os mais baixos ataques.

O caminho para o fim desta barbárie é o mais incerto. O Estado precisa agir para pacificar, evidentemente, todo o conflito. O voto pode nem mesmo ser o remédio. Até a criança que mora aqui é incapaz de imaginar uma mágica que retire da sociedade todo mal. Mas, ver a eleição passar conforta o coração com a esperança de que algo pode mudar, melhorar e fazer surgir mais tolerância e união.

É domingo, tempo de reflexão… sem flexionar nossos joelhos para a barbárie. É tempo de pensar em paz e em tudo aquilo que reflete as íntimas convicções.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*