Não vou ser tão didática desta vez, vamos deixar o dicionário de lado, ao menos por enquanto.
Aceitar não é desistir, não é se conformar e cruzar os braços.
Muitos pais dizem que aceitam seus filhos com deficiência, mas será que aceitam mesmo?
Ou essa aceitação só vem depois de podar as asas e fazer com que caibam numa caixinha que os faz parecer neurotípicos?
Aceita o filho, mas tira até as estereotipias que o ajudam a se reorganizar.
E faz isso enquanto balança o pé, ansiosa na recepção da clínica.
Santa hipocrisia…
Já viu esse filme? Eu já. E já fui a protagonista, incomodada com o que diferenciava o meu filho dos demais.
Que bom que a gente muda!
Aceitar é entender, é ir até ele, caminhar ao lado dele e fazer dessa jornada uma viagem feliz, sem podas, sem traumas.
Aceitar é vê-los crescer felizes e se sabendo amados.
Saber que nada supera aquele sorriso sincero de quem sabe que tá tudo bem ser diferente e que essa diferença é o que os torna únicos e eu não troco isso por nada.
É isso!!! Isso é, definitivamente, aceitar! Me representa muito esse texto! Fico triste quando vejo pais de crianças atípicas, cujos diagnósticos ainda não foram fechados, insistindo em dizer que seus filhos não tem “nada”! Essa não aceitação é um crime contra a criança, na medida em que impede ou posterga uma necessária intervenção. Amar é aceitar! E, no nosso caso, também é lutar! ?