Discussão necessária.
Num passado não muito distante a nossa realidade de mães atípicas, que já é bem difícil era ainda pior.
Sem direitos, sem visibilidade, sem amparo e sem políticas públicas.
Mas desde sempre havia um exército silencioso, porém incansável.
Mães que se uniram, mães que lutaram, mães que se envolveram na política porque sabiam que ninguém conhecia suas dores e seus temores.
Vou citar apenas uma, que me inspira e que deu luz à nossa causa.
Berenice Piana uma mãe que não se calou, uma mãe que sabia que desistir não era uma opção.
Bravamente ela levou o autismo para pauta e em 2012 foi coautora da Lei 12.764 que leva seu nome e institui os direitos dos autistas e suas famílias em diversas esferas sociais.
Em ano eleitoral vale a pena lembrar da importância da política nas nossas vidas e principalmente nas vidas das pessoas com deficiência, que apesar de somarem 25% da população ainda estão a margem das políticas públicas.
Inclusão não pode ser um discurso vazio apenas em ano eleitoral, não pode ser apropriação dessa ou daquela ideologia.
E nós, pais e mães atípicos precisamos fazer com que as vozes dos nossos filhos sejam ouvidas.
Precisamos de representatividade e precisamos chamar pra nós a responsabilidade de eleger pessoas comprometidas com a inclusão real e verdadeira.
Depende de nós.
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