O mundo político de 2021 começou com um presidente, meio em uma pandemia, nadando em uma praia no litoral paulista cercado de apoiadores e seguranças. A cena, por si, é desprezível. A cafonice amplia-se com o fato do grupo de apoiadores, entre gritos de saudações ao mito, gritarem palavras ofensivas ao governador local. Não precisamos lembrar que o desprezo ao governador João Dória (PSDB), aliado na última eleição, é motivada pelas medidas sanitárias e com olhos a corrida presidencial de 2022. Por si o fato não tem nada de novo. Bolsonaro tem feito isso no seu governo inteiro. Serve apenas para entreter a plateia. Porém é reveladora do que é o Brasil dos tempos de fundamentalismos.
Reclama-se por ordem e hierarquia e desrespeita-se as mínimas regras de civilidade e convivência social. Tempos em que o presidente da república incentiva desobedecer a lei e o desrespeito. Atua não como o presidente, mas como um bobo da corte.
O que vivemos é um processo de anomia social. Anomia é um termo usado pelo sociólogo francês Emile Durkheim para explicar ausência de normas, de regras ou de leis. Uma patologia social, resultado da carência temporária de uma regulamentação social, capaz de assegurar a cooperação entre os indivíduos.
Não, o mito e seus adoradores não são causadores deste fenômeno. Acredite, Bolsonaro é a consequência. Sua biografia revela isso. Um capitão do exército, expulso por indisciplina e terrorismo, que viveu 28 anos na câmara dos deputados sem produzir nada além de ofensas aos colegas deputados. Como parlamentar defendeu a tortura, o estupro, as milícias, chegando a ameaçar de morte um presidente da república. Depois desta bela carreira no parlamento é eleito presidente com um discurso de ordem e progresso. “Deus acima de tudo.” Nada mais sintomático.
A anomia que vivemos é resultante do cenário econômico. No mundo todo assistimos o crescimento da desigualdade. Uma minoria que concentra a cada dia mais a riqueza em suas mãos e uma grande maioria que dia a dia luta para sobreviver. As seis pessoas mais ricas do Brasil concentram a mesma riqueza de que 100 milhões de brasileiros, quase a metade da população do país. Nesse nível de concentração de riqueza, não há processo de socialização ou organização institucional que consiga manter o mínimo de garantida de ordem ou civilidade, sobretudo, em um país onde a educação não é igualitária e nem todos acessam.
Cenário econômico que deve piorar com o fim do auxílio emergencial e do decreto de calamidade pública. Segundo o próprio Ministério da Cidadania, cerca de 126 milhões de pessoas, ou seja, 60% da população brasileira foram beneficiadas e terão redução de renda nos próximos meses. Sem falar que os empresários que acessaram a Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda que a partir deste mês terão de pagar o salário integral de seus funcionários sem poder demitir nos próximos 180 dias. Ou seja, se você achou que o último ano foi difícil, não espere refresco do atual.
Assim como também deve piorar o nível de insanidade do presidente. Com a ampliação da crise econômica, com um governo à deriva e sem resposta efetiva, assistiremos a ampliação de cenas e medidas para entreter a plateia. A pergunta que fica é até onde iremos suportar.
Parabéns Josué!!
Bela leitura do cenário, sem falar de partidos ou lado de lá ou de cá, apenas falando do que está acontecendo.!!
é uma pena que hoje no Brasil se vê dois polos (direita e esquerda) parece que as pessoas não podem ter opinião sobre o assunto e pronto, parece que tem que sempre defender um lado.
Bolsoégua compra 14 casas em dinheiro vivo e o pessoal o chamam de honesto….pqp.
Bolsonaro é um milíciano bandido do RJ. Nunca fez nada pelo país quando era deputado pq então faria agora?? #forabolsolixo #bolsonarogenocida
Parabéns Josué.
Bolsonaro é uma vergonha mundial, que situação triste estamos nós brasileiros com esse governo. Lamentável. Impeachment já!
Um ser desprezível na politica do país. Para quem não fez nada como deputado, era de se imaginar que não faria nada na presidencia da republica!
Excelente explanação Josué! Era de se imaginar que um politico que nada fez em 30 anos como deputado, nada faria como presidente!
Parabéns pelo artigo !
Fora Bolsonaro! Chama o Ciro que ele resolve!
Tínhamos engenheiros , professores até médico e resolveram votar no idiota e ainda chamar de mito! Kkkkk vê se não faz mais merda em 2022…!!
É complicado ter no maior cargo do pais um amador que veio do legislativo. Não deu certo amadores antes e não dará certo com esse também. E o governo atual ta conseguindo se mostrar ruim logo no começo, sem projeto. Imagina que temos mais 2 anos ainda pela frente
Ótima análise, Josué!
Excelente reflexão!
Parabéns. Precisamos usar todos os instrumentos à nossa disposição para livrar o Brasil do Bolsonaro, personagem mais sinistro da nossa história.
Josué de Souza – Cientista Social…..Kakakaka..Que vergonha perder o meu tempo em ler esse artigo, no minimo absurdo. De cientista você não tem nada. Vá estudar e depois venha escrever alguma coisa que pelo menos seja verdadeira. SEJA HONESTO COM VOCÊ MESMO, pelo menos.
A tua escrita deste artigo demonstra que você, ou viveu em outro país até hoje, ou não entendeu nada de BRASIL… e como os esquerdiatas se revelaram, nesses comentários….Se não estão satisfeitos, vão embora do Brasil.. vão para Cuba…Venezuela…Argentina…Bolívia… podem escolher. Se é muito perto, vão para China e sentir como é bom depender de comunistas.