“O que fazemos na vida ecoa na eternidade”, diria a voz de Maximus Decimus Meridius, “O Gladiador” interpretado por Russell Crowe, como um conselheiro de carreira de políticos brasileiros, especialmente os catarinenses, nos dias atuais. A frase ressoaria com uma profecia, para as escolhas que fazem enquanto escrevem os capítulos de suas biografias. Muitos parecem esquecer o peso dessa sentença, cegos por ambições imediatas. A trilha escolhida, que hoje pode parecer ladeada por promessas de poder e popularidade, carrega consigo o risco latente de, em pouco tempo, transformar-se em um fardo pesado de vergonha.
O filme de 2000, um dos clássicos das telonas, embora não tenha como objetivo refletir sobre política, deixa incontáveis exemplos de como uma autodeclarada liderança, capaz de tudo para manter-se no grau mais alto da nação, pode ser perversa. Tiranos são assim! A história, para além do cinema, registra estes temíveis, deploráveis e asquerosos personagens.
Aristóteles, o filósofo, dizia que a arte imita a vida. Nós, brasileiros, porém, parece que estamos para provar o inverso desta afirmação. O enredo da realidade nacional não ficaria devendo em nada para as produções “hollywoodianas”. Em tempos onde a razão deveria prevalecer, é como se estivéssemos fazendo a travessia geracional em um enorme barco à deriva, flutuando no mais escuro oceano. Em um momento qualquer, o mais perigoso, parte importante abordo é capturada pelo o canto da sereia que seduz, especialmente, os ouvidos mais escolarizados. Eu sei, pode parecer paradoxal… mas esta melodia é pura fonte de desinformação.
Faz um tempo que o Brasil está assim. Jair Bolsonaro, cantando convites para que a sociedade pule do barco da realidade para um paralelo mundo. Foi desta forma que durante seus anos de gestão, um sinistro espetáculo ganhou forma, conduzindo o país para um caminho de trevas, isolado do restante do planeta. O legado que se formou foi perverso, entrelaçado por fios de ignorância e anti-intelectualismo. Não produziu nada, nem obras, nem ações… apenas o velho discurso surrado e um ódio que contaminou milhões.
A resistência à vacinação, a infantilização da política, o aparelhamento do Estado, e os atalhos inconstitucionais tornam-se, assim, sombrias representações da história. Políticos que, seduzidos pelo canto da popularidade efêmera, podem descobrir que o caminho escolhido não apenas manchou suas trajetórias, mas se tornou um legado de desonra.
Nas páginas de suas biografias, o que desejam realmente inscrever? Um relato de conquistas nobres, embasadas em escolhas éticas, técnicas e comprometidas com o bem comum? Ou, pelo contrário, um amontoado de capítulos marcados por decisões apressadas, cujas consequências reverberam como cicatrizes nas páginas do tempo?
Não! Muitas das decisões não são por convicções. Também, boa parte do que é decretado foge da base científica, legal e que resulta em avanços para população. E nem de longe as infantis medidas versam sobre liberdades. O que desejam, tais gestores, é seguir a cartilha de
enganar para conquistar a popularidade e o voto.
É impressionante que em um país que sempre se orgulhou de sua tradição vacinal, ver o antivacinismo prosperar é como testemunhar a inversão de uma conquista histórica. Aqueles que recusam a vacina não apenas desafiam a ciência, mas também desdenham de uma herança que moldou nossa identidade.
Este foi o caminho construído pela política da ignorância. Os parlamentos, palco de debates sérios e fundamentados perderam espaço e, agora, o que se vê é uma infantilização grotesca. O teatro político transformou-se em um espetáculo circense, de lacração e a pouca responsabilidade com o público. Uma tragicomédia que lentamente vai desmantelando as instituições.
A revelação de uma Abin paralela nos corredores do poder, que perseguia opositores como se estivesse a serviço de uma distopia, aponta o abismo que o país percorreu. Lá eram construídos também os monstros e moinhos, manipulando mentes e distorcendo verdades em nome de interesses obscuros. Despejando nas redes realidades inexistentes, aprisionando a sociedade em um emaranhado de desconfianças e teorias conspiratórias.
Em Santa Catarina, a assinatura de medidas inconstitucionais pelos prefeitos e pelo Governador não é apenas falta de fé na ciência, mas um cálculo político maquiavélico. O atalho para consolidar poder e arrebanhar votos é trilhado sem hesitação, mesmo represente sacrificar o bem-estar coletivo no altar da ambição pessoal.
O nosso tempo está tão estranho que se um hipotético filho de Deus descesse à Terra nos dias atuais, suas ideias alinhadas ao “tio do zap” seriam aplaudidas como dogmas divinos. Contudo, se ele ousasse pregar contra o armamento e defender a distribuição de ajuda aos moradores de rua, seria crucificado ainda mais rápido do que outrora.
O legado de Bolsonaro, marcado pela recusa à luz da razão, lança uma sombra que desafia a própria essência de uma nação. Os políticos contemporâneos podem desejar que suas biografias sejam crônicas de liderança responsável e comprometida com o bem-estar coletivo.
No entanto, se persistirem em trilhar caminhos sombrios, correm o risco de perceber, tarde demais, que as páginas escritas hoje não são apenas registros, mas testemunhos de uma jornada que causará vergonha às gerações futuras. É sempre bom lembrar que as nossas ações presentes reverberam na eternidade, como um eco de escolhas que moldam o destino.
Tarciso Souza, jornalista e empresário
O mundo científico já noticiou sobre a ineficácia da vacina contra o covid. Seu texto é que é a recusa da razão. Tome a vacina, mas não queira que os outros sejam massa de manobra.
EU, como Catarinense pergunto: não será melhor para o País uma vacina contra o Presidente que em um Ano endividou o País? que só viaja pra gastar dinheiro do POVO, que quer obrigar Crianças a tomar vacina com efeitos duvidosos. que defende os ladrões de celulares, e manda fiscalizar os produtores rurais…
Como os esquerdeopatas são. Acuse os outros do que eu acho que é verdade.
“O Comentarista” se você não se sente a vontade morar com os Catarinenses (que são muito evoluídos) mude de Estado ou de País.
Anote aí, para sua informação:
O Governo Lula foi mais ou menos em 2023 devido a boa situação deixada pelo Governo Bolsonaro. 2024 será pior. 2025 pior ainda e 2026 será o fim dessa dinastia esquerdista para sempre.
👏👏👏👏👏
Mundo paralelo é o pessoal da esquerda que vive !! bolsonaro um dos melhores presidentes que o Brasil ja teve !!
Uma das melhores reflexões que já li, trazendo todos os aspectos mais importantes desse tempo sombrio que insiste em permanecer. A lavagem cerebral realizada pelo desgoverno anterior deixou marcas profundas em SC. Prova maior disso são comentários aqui que denunciam a incapacidade intelectual e ética de tantas pessoas, que se consideram “gente de bem”, ainda defenderem o que é absurdo e, ao mesmo tempo, assustador! O pior de tudo é estarmos rodeados de pessoas que pensam dessa forma! O legado desse espetáculo macabro será mais um peso que as gerações presentes e futuras carregarão sobre suas costas.