Num piscar de olhos, eles crescem.
Quase não tem mais correria e gritaria pela casa.
Na hora de comprar roupa, já chegamos no P e M adulto.
Os sapatos? Passaram o pé da mãe, e já sou a menor da casa.
E nesse meio tempo, sonhos mudam, realidades mudam, nós mudamos.
Quem aqui não olhou pra trás uma vez que seja e se perguntou em que ponto a vida mudou tanto?
Qual foi a decisão que tomamos que nos levou a ser quem somos?
Faríamos diferente?
Teríamos escolhido outro caminho se soubéssemos aonde este nos levaria?
Confesso que não me atreveria a mudar nem uma vírgula, porque cada uma das minhas decisões me trouxe até aqui, onde eu consigo ficar em paz comigo mesma, e isso não tem preço.
Nesses quase dezessete anos de maternidade, acho que essa é a fase mais desafiadora, descobrir quem eu sou além da mãe do Nico e do Bu.
Reaprender a gostar da minha companhia e poder desfrutar dos silêncios.
Exercício diário para quem está encarando a adolescência dos rebentos, preparar o ninho para o voo solo que se aproxima e preparar a alma para tudo que isso significa.
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