“A história nunca se repete. O homem sim!”. E como gostamos de praticar os mesmos gestos, reviver erros e ressuscitar o enterrado passado, as vezes da pior maneira possível. Exemplo claro, resgistrado nesta semana, quando, mais uma vez, bizarrices surgiram.
Como se tudo, afinal, pudesse ser resumido de um jeito fácil, pintado de uma cor, um único lado, uma só versão… a força, a tortura, o gás e o tiro silenciaram a discussão. Este é o problema da instituição Estado pregar o uso do poder letal como alternativa para as dificuldades que existem na pátria: erros correm, erros que matam!
Caminhamos novamente a trilha da barbárie. É duro de mais tentar compreender que miseravelmente todos os horrores são, para muitos, um preço aceitável para algo maior.
Tenho uma dificuldade enorme de compreender esta lógica, que faz um cidadão gastar horas de oração, quase como em chantagem a fé, e deixar de sentir a dor das ruas. Que merda de religião é esta que prefere fazer pouco caso da vida? Adianta o que rezar o perdão e alimentar ódio, a morte, a intolerância?
Tudo na vida precisa de equilíbrio. Sem o balanço entre as pernas, direita e esquerda, é impossível sair do lugar. Sobrou frieza aos policiais, faltou um tanto de humanidade. Nós, a sociedade, ficamos paralisados, em negação, com a morte de 25 pessoas no Rio de Janeiro, em mais uma chacina, quase uma rotina por lá. E, ainda, terrivelmente chocados com a brutalidade do assassinato de Genivaldo, em Sergipe.
François-Marie Arouet, autor da frase que abre o #notasdedomingo de hoje, foi um escritor e filosofo francês. Lutou muito contra o sistema governamental e igreja quando viveu. Foi preso político e deixou uma extensa lista de contribuições para humanidade, com a liberdade como a principal delas. Seu nome é pouco lembrado pois, a maioria conhece pelo pseudônimo de Voltaire.
Assim como o francês, milhares de pobres, de pretos, no mundo, no Brasil, também compartilham o desejo da real identidade esconder.
Voce poderia ter ido no lugar dos policiais, fazer valer a ordem de prisão de mais de 50 traficantes.
Assim nao haveria nenhuma morte.