O tema inclusão feminina está em foco! Temos grandes empresas trabalhando seu desenvolvimento para que mais mulheres cheguem a posições de liderança, porém, confesso que a expressão “inclusão feminina” me incomoda.
Colaboradores e líderes não precisam ser incluídos, precisam ser respeitados em suas diferenças em suas forças e fraquezas. O dicionário define “incluir” como “tornar parte de uma classe de pessoas”.
Pois bem, imaginem um mar de pessoas coloridas, mulheres rosas, homens azuis. Não é preciso elevar as mulheres desse grande grupo para um outro patamar, mais seleto, a fim de que sejam vistas, reconhecidas ou respeitadas. Isso me parece até uma injustiça com os homens, que dia após dia também lutam e buscam seu espaço.
Vamos mudar o prisma, as pessoas coloridas desse mar agora são rosas, azuis, verdes, cinzas, lilases… essas cores não demostram seu sexo ou opção sexual, mas através delas podemos perceber as que possuem um perfil X, formação Y, experiência Z, autorresponsabilidade. Sem elevar ninguém a um patamar diferenciado, podemos identificar os que devem ser conduzidos, convidados a cargos de liderança ou ao seu aprimoramento, independente se possua cromossomos XX ou XY.
Empresas não devem investir em pessoas pelo seu sexo, e sim pela sua competência. Quando falamos de liderança, estabelecer um estereótipo comportamental imutável para uma pessoa seja líder, é excluir toda e qualquer inovação na área. Isso até pode ser confortável, porém, não me parece ser inteligente. A complementariedade de perfis e, por consequência, de comportamentos, tornam decisões e organizações mais sustentáveis.
Não é de um pedido de inclusão que precisamos, pois homens ou mulheres sempre estiveram ali, não precisam ser convidados a fazerem parte de uma classe para serem valorizados pelo que são. Para mim, é mais profundo que incluir, é respeitar.
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