Opinião | Mazin Silva: orgulho de Blumenau, do Brasil!

Foto: Instagram/Divulgação

O gostoso do Brasil não é apenas devorar a culinária, contemplar os mais belos paraísos naturais. A maior contribuição que o país consegue entregar para o mundo – e que devemos valorizar, curtindo como único cada pedacinho – está nesta mistura de gente, uma coisa maluca, que ninguém é capaz de explicar. Uma bagunça de Europa com Ásia, de América ajuntado com Oceania, um tiquinho de Alemanha e um tantão de África.

Se a arca do Noé existiu, ele deixou por aqui um pingado de cada povo do mundo. Foi desta reunião de diferentes que, sem esforço, em verde e amarelo, nasceram os mais variados talentos que a terra sentiu os passos reservarem um lugar a história.

Tudo parece Brasil, e o Brasil lembra, um pouquinho, cada um dos demais países deste globo do sistema solar. Uma riqueza espalhada em cada vilarejo que, ocasionalmente, parece que vamos nos dias perdendo a oportunidade do tempo de contemplar.

Ai está um negócio que máquina alguma jamais será capaz de superar o humano. O brasileiro é incomparável artisticamente. Fruto de uma riqueza diversa que abraça todos os povos. E a emoção entregue por estes profissionais, os artistas, vence a tecnologia sempre.

Nenhuma inteligência artificial poderá superar a criatividade dos que produzem arte. A tradução dos sons, melodias, das letras, interpretações, histórias, poesias, pinturas, artesanatos e tudo aquilo que é criado graças ao intelecto de humanos, possui a natureza de vida que nunca poderá uma máquina entregar. Por maior possam ser as evoluções que o caminho apresente, reinventando os meios, momentos, interações, tudo será pequeno para o tamanho das respostas emocionais que um artista consegue despertar no seu público.

A sensibilidade capaz de emocionar, de construir memórias, é própria das mãos e mentes mais talentosas. Infelizmente, como em toda indústria, viver da arte é um troço injusto. Muitas – e não raras – são as vezes que o valor, como uma preciosa pedra, só recebe o reconhecimento e importância depois um longo tempo após sua descoberta.

O músico Mazin Silva, de 47 anos, transpira um talento que vai deixando, em cada ato, uma parte do seu DNA. Raríssimos são os instrumentistas no mundo com a habilidade natural que o blumenauense consegue apresentar. A primeira vez que assisti, em um festival, não acreditei ser real a técnica aplicada por ele.

Vencedor de diversos prêmios, youtuber com quase de 25 milhões de visualizações, quem é fã, como eu, acompanha a vida simples, as lutas diárias dele. Mazin é o exemplo deste artista, brasileiro, que no texto busquei descrever: impossível de ser copiado pela ciência, fartamente lapidado por toda união do mundo. Nascido em Blumenau e com um som que percorre todos os lado do planeta.

Neste último sábado, 3 de junho, o fogo destruiu completamente a casa do músico. Equipamentos musicais, móveis, eletrônicos, tudo virou cinzas. O que era material precisa de reconstrução. Sobrou o talento e a esperança de começar de novo.

Os amigos se organizam, desde já, para auxiliar na tarefa. No instagram, @mazinsilvaoficial , todas as informações de como ajudar neste momento difícil. O pix é [email protected] (banco Caixa, em nome de Gilmar da Silva) Ajude!

Força Mazin Silva, um orgulho de Blumenau, do Brasil!

Tarciso Souza, jornalista e empresário.

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