Opinião: meta a colher

Foto: reprodução

Falar sobre maternidade, seja ela atípica ou não, é falar de mulher.

E nesta semana, depois dos vídeos de violência doméstica, onde um DJ agride a esposa, Pamella Holanda, deixa claro a necessidade de abordar esse assunto também aqui.

Nenhuma mulher fica num relacionamento abusivo porque quer.
E nenhum homem abusivo começa batendo.

Ele começa gritando.
Começa reclamando das suas roupas.
Começa com crises de ciúmes, justifica que ama demais.

Te leva pra jantar para se desculpar por ter passado do limite, te promete que isso nunca mais vai acontecer.

Até que um dia, acontece.
Acontece e piora, e piora e piora.

E quando você percebe, já não tem forças pra sair, porque sua auto estima foi minada, porque a naturalização da violência contra a mulher é tão forte que não sobram forças pra sair.

Em briga de marido e mulher, a gente mete a colher e salva a mulher.

Porque não existe nenhum motivo que justifique a violência.

Porque pior do que ser agredida (seja física, verbal ou psicologicamente) é ser agredida por alguém que usa o amor como desculpa.

Amor liberta.

Quem ama não machuca.

E por mais difícil que seja, e é, se você está passando por isso, procure uma rede de apoio (amigos, família) e saia deste relacionamento.

Nossos filhos merecem nos ver felizes e não suportariam a ideia de ver a mãe infeliz, apenas porque uma sociedade machista e patriarcal naturaliza a violência contra a mulher e justifica tudo com um : “ele te ama, foi só uma crise de ciúmes”.

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1 Comentário

  1. Ai, olha! Isso me deixa furiosa de tantas formas que nem sei! Já presenciei, aqui em Blumenau, e fui bater na porta do vizinho, ofereci abrigo à mulher e chamei a polícia. O triste é ver o descaso com que trataram a situação. Foram apenas homens atender a ocorrência. E, pra variar, minimizaram a situação. Ameaçaram o companheiro dela com um TCO e foram embora. As agressões continuaram e não me cabe julgar o porquê daquela jovem, quase uma menina, ter permanecido ali. Meses depois me mudei e espero que ela esteja bem! Isso foi em 2018 e de lá pra cá tenho visto publicidades com anúncio de melhor tratamento para esses casos por parte da PM. Espero que seja assim!

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