Opinião: nossa bandeira não é vermelha, mas nosso mapa, nesse momento, é

Imagem: Informe Blumenau

No último domingo, dia quatorze de março, um grupo pessoas promoveu uma série de manifestações pela cidade: em frente ao 23° Batalhão de Infantaria, na praça da Prefeitura Municipal e até em frente da casa de Mario Hildebrandt. O discurso e o roteiro dos manifestantes não é novidade. São apoiadores do presidente (genocida) Jair Bolsonaro, são contra o comunismo, a favor do chamado tratamento precoce contra a COVID, mesmo que estudos científicos não recomendem isso.

É claro que, como em toda manifestação, o grupo vestia uma indumentária característica. As camisas amarelas da Seleção Brasileira compunham o figurino com outros assessórios da mesma cor, típicos de torcedores de futebol, tais como bonés, chapéus; até toucas, cachecóis foram registrados.  Alguns usavam camisetas em apoio ao Mito (genocida). Quase todos seguravam uma bandeira nacional. “Nossa bandeira nunca será vermelha” gritavam. As manifestações “nacionalistas” de apoio ao governo (genocida) e ao presidente também foram registrados em outras cidades do país.

Imagino que os manifestantes de domingo também não saibam, mas não é pacificado nos estudos da história que o verde e o amarelo da nossa bandeira representem a florestas e o amarelo o ouro. Suas origens em nada tem relação com o nosso território, mas sim com Portugal e o continente europeu.  A teoria mais provável é que a cor verde homenageia à Casa de Bragança e, consequentemente, à família de Dom Pedro I. Já o amarelo, é uma referência a Casa dos Habsburgos de onde era originaria Maria Leopoldina da Áustria, esposa do imperador Dom Pedro I e mãe de Dom Pedro II.

O verde e o amarelo compõem com a frase “ordem e progresso”, que também não foi cunhada por um brasileiro, mas por um francês, August Comte. O filosofo criou não somente uma corrente filosófica chamada positivismo, também é considerado o pai das Ciências Sociais; uma ciência que os adoradores do Mito Genocida adoram criticar.  Comte foi influenciado por outro autor francês, Saint-Simon, considerado por muitos intérpretes como um autor socialista utópico.

Entre outros valores, o positivismo de August Comte defende que o conhecimento científico é o único verdadeiro e que a sociedade e os governantes deveriam se pautar por esta forma de conhecimento. Para o positivismo, outras formas de conhecimento são crendices, pois não possuem possibilidades de verificação.  O Positivismo defende também que governos devem aplicar a ciência para conseguirem prever os fenômenos e, assim, prover a sociedade.

Na segunda feira, um dia depois das manifestações em apoio ao Genocida, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao próprio Ministério da Saúde, divulgou um estudo em que mostra que estamos no pior momento desde o primeiro caso de infecção de Covid-19. Desde então, o número de doentes nunca caiu. Todo o território nacional entrou na fase vermelha. No mesmo dia, hospitais de todo país passaram a comunicar o risco de falta de medicação nas Unidades de Tratamentos Intensivos (UTIs).

Nossa bandeira não é vermelha, mas nosso mapa nesse momento é, manchado com o sangue de brasileiros e brasileiras de todas as idades. Fruto de um governo genocida e incompetente, apoiado ainda por uma minoria delirante e que acredita em crendices.

1 Comentário

  1. O bom é acreditar no Lula e sua quadrilha .Bolsonaro pode não ser o ideal , mais é infinitamente melhor que os Petralhas …genocídio é roubar por corrupção, dinheiro que poderia estar na saúde . Nossa bandeira não é , e jamais será vermelha novamente …..que os petralhas se mudem para Cuba , Venezuela….Bolsonaro herdou 14 anos de roubalheira , de falcatruas desta quadrilha que tem como chefe o ex presidiário , que não falo nem escrevo o nome .

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