Se me perguntassem hoje qual a qualidade que mais admiro em uma pessoa, seria a capacidade de ouvir.
Esta semana em uma reunião, pude ver na prática o quanto ouvir alguém de verdade faz a diferença.
Principalmente para quem passa grande parte da vida resumido a um diagnóstico.
Muitas vezes, antes de ser apresentado pelo nome, já soltam um “ele é autista”.
Não lembro de alguém me apresentar como “ela é baixinha” antes mesmo de de dizerem meu nome.
Mas é comum, até nós pais fazemos isso de tempos em tempos sem perceber o quanto isso diminui nossos filhos.
Entre tantas coisas, entre tantos aprendizados felizmente eu consigo olhar a deficiência dos meus filhos como apenas mais uma característica, que os acompanha sim, mas que não os define.
Saber respeitar isso, é devolver aos nossos filhos o controle da vida deles.
Deixar que eles se sintam a vontade para falar ou não de seu diagnóstico.
Sem rotular, sem cair nas armadilhas do capacitismo.
Saber ouvir mais, e deixar que eles falem por si.
Quando acreditamos que eles podem, eles também acreditam, e aí, meus amigos, o céu é o limite!
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