O “Discurso do Método” de Descartes, explicitando um algoritmo, colocou a ciência e as pesquisas em outro patamar e possibilitou grande avanço nas mais diferentes áreas do conhecimento, apesar das suas limitações, principalmente em termos de fracionamento da realidade. E agora, o Presidente (sic) Jair Bolsonaro, alterando a ordem, usa o método do discurso (falacioso, agressivo e truculento) para provocar a indignação dos incautos enquanto agrada aos oportunistas (sonegadores e milicianos agarrados a ele) e a outros tantos alienados de si e da realidade.
Há quem se surpreenda com o “estilo” do Jair, talvez porque quando Deputado do baixo clero suas falas tivessem pouco alcance embora chocantes. Ele sempre foi assim, aliás enquanto oficial do Exército chegou a ser punido e severamente criticado por seus superiores.
Outros tantos são tomados de espécie pelo fato de ele ter sido eleito. Também não deve ser motivo de espanto. Aconteceu que depois do golpe de 2016 (agorinha mesmo ficou comprovado que as tais pedaladas foram apenas tática para derrubar a Dilma, até o Moro reconheceu isso recentemente) o usurpador Temer e sua caterva decepcionaram geral e daí o temor da elite equivocada se consubstanciou no PT. Temer foi com sua incompetência e escrachada corrupção o melhor cabo eleitoral das esquerdas.
Então os poderosos de sempre tentaram, sem êxito, inflar algumas candidaturas (Huck, Joaquim Barbosa e outros mais) para enfrentar as esquerdas. Eis que sem alternativa se atracaram com o Capitão bocudo (e inimigo dos botocudos, demais indígenas, negros e nordestinos).
Para os endinheirados o método bolsonarista de fazer política sempre baseado do discurso agressivo (quase sempre ofensivo e chocante) veio a calhar. Coube como uma luva para os planos neoliberais do stablishment. Claro que colocaram na mesa várias exigências, a principal delas seria a de um Ministro alinhado com as ideias elitistas. Adveio a tempestade perfeita, acharam o Paulo Guedes e de sobra o Moro (indivíduo obcecado pelo poder) que seria o protetor do esquema.
Os demais Ministros são meros figurantes, uns e outros adeptos da mesma racionalidade de mercado, alguns com sérios problemas com a Justiça (Moro estaria lá para defende-los) e pelo menos três com flagrantes problemas de ordem psicológica. Ah, sim! E tem os militares que emprestam o prestígio das suas instituições e satisfazem a turba que adora um Estado policialesco. Equipe perfeita para o desiderato economicista, entreguista e arrasador dos direitos sociais.
Assim os tresloucados da equipe, ajudados por um “filósofo” assolado por fobia social e pelos filhos do homem, muitas vezes utilizando-se da mídia social ou de entrevistas aviltantes, com falas misóginas, machistas, ofensivas e chocantes, são os encarregados de distrair a Nação enquanto o tal de Paulo Guedes, aquele que fez “estágio” no Chile do Pinochet, também conhecido como o exterminador do futuro, cumpre sua tarefa “austericida”, entreguista e genocida.
É desnecessário e inconveniente repetir aqui os absurdos que foram ditos ou escritos pelo bando que assumiu o poder. Importa apenas colocar que não devemos mais perder tempo com os ilusionistas do governo (sic) Bolsonaro, eles são os palhaços que sobem ao picadeiro para distrair o público enquanto nos bastidores os equilibristas, domadores e outros personagens centrais cumprem a tarefa principal – atender as exigências de uma elite equivocada e de parcela da classe média alta que se apropriou das cores da bandeira para saudar o Mito.
Pobre povo brasileiro!
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