Uma das tantas contradições nos eventos pró-Bolsonaro deste dia 7 de Setembro foi a crítica contra a “mídia” num evento chamado para defender a “liberdade”. Em Blumenau foi assim também, com uma faixa escrita “o jornalismo profissional morreu”.
Ele não morreu, tanto que incomoda estas pessoas, pois contraria a tese delas, que no caso atual, é a do governante de plantão. Preferem ouvir os canais “oficiais”, que são pagos pelo Rei ou pelos amigos do Rei.
O jornalismo não é uma ciência exata, é feito por pessoas, tem muito interesse econômico por trás, mas é a melhor arma contra a mentira, a desinformação e a corrupção. Tem muitas falhas, como todos segmentos da nossa sociedade, inclusive a própria sociedade.
Mas sem jornalismo não existe Democracia,
É engraçado – ou seria triste? – ver as pessoas criticando a Rede Globo – Globo Lixo ! -, as mesmas pessoas que vibravam com cada matéria sobre a Lava Jato e as manifestações populares que provocaram o impeachment da então presidente Dilma Roussef (PT). Hoje ficam incomodadas com a postura do principal veículo do país, assim como de outros tradicionais e importantes.
Aqui ninguém está passando pano sobre a postura da Globo ou de qualquer outro veículo, mas este post tem o objetivo de mostrar que sem imprensa séria, “profissional”, seríamos treva, ou gado.
E aí vale lembrar apenas alguns pontos da história recente do Brasil.
Graças ao “jornalismo profissional” se descobriu o esquema de corrupção que irrigava obras na Casa da Dinda do então presidente Fernando Collor.
Graças ao “jornalismo profissional” se descobriu o esquema de compra de votos no Congresso para prolongar o mandato de Fernando Henrique Cardoso.
Graças ao “jornalismo profissional” se descobriu os escândalos do Mensalão e do Petrolão nos governos do PT.
Graças ao “jornalismo profissional” se se descobriu as malas de dinheiro da JBS para Michel Temer, Aécio Neves e outro.
Graças ao “jornalismo profissional” se descobriu o esquema das rachadinhas da família Bolsonaro, as “mansões” da família Bolsonaro e a corrupção no Ministério da Educação do atual Governo.
E para trazer para Santa Catarina, um exemplo emblemático.
Foi graças ao “jornalismo profissional” que se descobriu a compra fraudulenta de 200 respiradores por R$ 33 milhões pelo Governo do Estado.
Que liberdade de expressão estas pessoas defendem? Aquela que bate com que elas pensam? Aquela que dissemina fake news? Que dissemina mensagens de ódio?
Não, o jornalismo profissional não morreu, pois enquanto houver democracia, ele é uma das bases dela.
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