Na internet, dizem que Ratanabá teria sido a capital do mundo, há 450 milhões de anos. Será? De acordo com o Google Trends, as pesquisas sobre o tema começaram no último dia 29 e os principais termos procurados foram: cidade perdida, Ratanabá fake e Ratanabá existe. Verdade ou não, o mito vai sendo construído. É como a cidade perdida de Shangri-lá, criada a partir de lendas do Tibet, mas que existia mesmo só no livro; “Horizonte Perdido”, publicado em 1933. Entretanto, da ficção nasceram as famosas viagens a Catmandu, capital do Nepal, no auge do movimento hippie.
É também como o Lago Ness, na Escócia, que se tornou mundialmente conhecido como lar de um animal com cabeça de jacaré e corpo de dinossauro, o tal “Monstro do Lago Ness”;, que nunca foi localizado. Porém, Inverness, cidade nas proximidades, recebe um milhão de turistas anualmente.
“Era uma vez a pandemia e o ICMS”
História, ficção, ou mesmo vida pessoal, são um eterno “dar a volta por cima”.
Nas idas e vindas da pandemia, para aqueles que tentam construir o futuro, é preciso um discurso para motivar as pessoas em torno de um sonho. Caso algum político precise de inspiração para escrever o futuro, hoje, a história começaria assim: “como ninguém sabia o que fazer com a inflação, o governo conseguiu aprovar no Senado Federal, dia 13, o teto de 17%, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Isso visa diminuir os preços agora, mas não se sabe como essa fórmula vai impactar as contas públicas”.
Como é das dificuldades que nascem os heróis, se os rumos da economia nacional são incertos, o que tem só na sua cidade e poderia virar renda permanente?
Blumenau, por exemplo, passou a promover a nacionalmente conhecida Oktoberfest depois da grande enchente de 1984. No caso do turismo, foi uma solução que incentiva a valorização da cultura local para atrair quem não conhece a região. É algo que poderia diminuir, por exemplo, o conflito de interesses na Amazônia, entre quem quer extrair
recursos e os que tentam preservar.
Outro exemplo é a novela “Pantanal”, gravada na região de Aquidauana, Mato Grosso do Sul. Hoje, as imagens são feitas à beira do Rio Negro, mas aquele trecho que aparece na TV, obviamente, passará a ser conhecido como “o rio do Velho do Rio”. A novela vai acabar, mas para sempre ali será uma atração turística.
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