Fechadas as urnas das eleições de 2018, o vencedor era o PSL. Lembrando o saudoso narrador esportivo blumenauense, o então partido do mito havia depenado a coruja. Elegeu não só o presidente como também 52 deputados, três governadores e quatro senadores. Aqui em Santa Catarina, Carlos Moisés, candidato do PSL, que nas pesquisas de primeiro turno aparecia em quarto lugar derrotou nomes consagrados da política barriga verde.
Na Câmara Federal o PSL de Santa Catarina fez quatro deputados, ficando atrás apenas do MDB que fez quatro deputados federais. Na Assembleia Legislativa o PSL não elegeu somente o então vereador blumenauense Ricardo Alba como o mais votado com 62.762 votos, como elegeu mais cinco deputados estaduais.
Na época, escrevi que o partido lembrava o lembra a trajetória PRN, partido de Fernando Collor de Mello quando este era presidente. Um partido pequeno, sem identificação ideológica, sem organicidade interna e dependente de uma liderança carismática. Corria o risco de se desintegrar.
Pouco menos de dois anos depois a hegemonia da última eleição parece uma miragem no retrovisor. Bolsonaro abandonou o PSL depois de ser derrotado em uma disputa que tentava emplacar o próprio filho como líder na câmara federal. Hoje o partido voltou pra onde sempre foi, faz parte do chamado Centrão. A própria liderança do governo no congresso não é exercida por um parlamentar do partido.
Aqui em Santa Catarina o racha partidário é escancarado. Moisés e sua vice percorrem a via dolorosa da cassação. Na sessão da Assembleia Legislativa que selou o destino dos dois, o PSL votou todo a favor da abertura do processo de cassação dos correligionários. Como mostrou o Informe Blumenau, até mesmo o Deputado Ricardo Alba abandonou, negou socorro a Carlos Moisés e Daniela. E mesmo durante a sessão, os deputados do partido escancaravam as divergências internas.
Na eleição deste ano em Blumenau o partido sonha em eleger o prefeito e no mínimo dois vereadores. Um desafio e tanto para a sigla que tem entre as suas principais lideranças na cidade os assessores do próprio deputado. O fato é que a eleição deste ano será a prova de fogo para o PSL. Se conseguir repetir o desempenho de 2018 se viabilizará como uma força política importante. Caso contrário, o rio voltará ao seu curso normal. Muita lacração em rede social, discurso estridente e sectarismo político, mas sem capacidade de atuar no jogo político real.
O PSL fez 4 deputados para a Câmara Federal: Carol de Toni, Cel. Armando, Fabio Schiochet e Daniel Freitas.
Concordo com o articulista. Análise precisa.