Opinião | Os sabores de quem tem fome de eleição

Foto: divulgação

A panela de 33 milhões de brasileiros está vazia. Por mais que alguns ignorem esta realidade, a fome voltou para as manchetes, para as páginas dos jornais do país. É triste, para uma nação considerada fronteira agricultura do mundo, viver novamente uma degradação social deste porte. Não existe dignidade para aqueles precisam suplicar por com um mísero prato de comida.

É o ronco da barriga e a dificuldade de manter a dispensa bem abastecida que, de fato, encaminham o voto do indivíduo. Este é o ponto incompreendido para muitas paixões eleitorais. Um mesmo grupo que parece não enxergar a crescente população vivendo nas ruas, por toda sorte – azar – de um caminho sofrido.

O ácido estomacal, curtido nas entranhas, no fígado, espalhou no corpo e na mente, de um tanto de gente, um ódio mortal que impediu o debate sensato sobre projetos para o Brasil. Chegamos a final das eleições 2022 sem passar a limpo uma série de problemas. Deixamos de desnudar o que de fato importante para o desenvolvimento, emprego, renda. Ficamos distantes das soluções para as coisas sociais, educação, saúde.

É comum, neste tempo da busca de votos, fartos “rega-bofes” com os mais variados cardápios: feijoadas, churrascadas, linguicinhas, pão com mortadela, pasteladas, buchada, carreteiro e tantos outros sabores para reunir eleitores em comícios. Nestas horas, as indigestas propostas ficam de lado. Sobram discursos vazios e bravatas para degustar.

Falta por na mesa do povo aquela esperança que a vida pode melhorar. As propostas que transformam os dias, que representem mudanças. Para quem tem fome de uma eleição minimamente racional estas coisas gritam distantes.

Que neste período, até o próximo domingo, dia 2, possamos alimentar as melhores ideia, fortalecendo a humanidade do brasileiro. Com muita sabedoria, quem sabe, seja possível pescar bons pensamentos em meio a uma imensidão agitada e assustadora. Para vencer a fome, para buscar prosperidade, para encontrar paz e união… mais pé no chão e cabeça fresca ajudarão a escolher os melhores nomes para o Brasil.

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