A vontade é abrir o texto de hoje chorando palavrões e suplicando aos céus que novembro comece logo. Eu não sei você, mas, para mim, outubro foi um mês longo, demorado, chato, cansativo e desesperadamente angustiante por uma série de motivos. Ainda bem que está chegando ao fim.
Eu já não aguentava mais tanta gritaria delirante, de gente que as vezes parece que nem gente é. Sabe aquele perfil de pessoa que fica reclamando e criticando que existem pobres com fome no semáforo? Então, tipo estas são as que mais me afetam emocionalmente. Especialmente em períodos eleitorais. Pois, nestes dias de voto, parece que ganham coragem e voz para espalhar, ameaçar e torcer o preconceito pendurando em candidatos. Um amontoado de vazio de ideias, um asco de ego, uma deselegância soberba…. na boa, o que foi que aconteceu com este Brasil?
Se existia um poço encontramos um alçapão no fundo dele e, de lá, descemos de escorrega mais um “tiquinho”. Nossa civilidade foi-se rolando na frente, afundando sei lá eu mais quantos metros pra baixo. Que inferno senhoras, senhores.
Temo que depois de tudo que foi dito, praticado, vivido, seja bem menos possível reencontramos o juízo para retomar a vida, a paz, a cordialidade, a caridade. Poderemos?
Antes de levantar o dedo defendendo um lado, concentre-se no seu coração. Acalme o rancor, o ódio e, por mais que para você seja difícil, pense em uma maneira, eu suplico, de dialogar com o oposto de suas convicções. Estenda a mão e pratique o primeiro gesto, para que juntos possamos resgatar a brasilidade que fugiu.
Que este outubro vá embora… e, com ele, tudo que esgaçou a sociedade e gerou desunião.
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