Durante todo o mês de abril muito se falou em conscientização sobre o autismo.
Entrevistas, programações especiais, artigos de todo o tipo.
Olhares mais empáticos, um pouco mais de tolerância e até alguns sorrisos de compreensão.
Tudo termina, como todo ano, no dia 30 de abril.
Maio já voltamos a vivenciar toda a indiferença, o preconceito e a amargura de uma sociedade que insiste em segregar e marginalizar quem não se enquadra na caixinha neurotípica.
Desrespeitando inclusive a Lei Municipal de Inclusão, ignorando o uso da Carteirinha do Autista, testemunhamos dia a dia o descaso de uma sociedade doente, não de Covid, mas da falta de amor ao próximo.
Aproveito esse espaço semanal para dividir com vocês um pouco do que li hoje, em nosso grupo no whatsapp.
“Fiquei 40 minutos esperando pra pegar uma senha, e depois me deram uma senha convencional.
Eu mostrei a carteirinha dele (atendimento prioritário).
Vi meu filho babando de nervoso.
Um atendente veio e eu falei pra ele, ele simplesmente disse aqui não tem senha preferencial.
Chorei muito, dentro do banco mesmo.
Chorei de nervoso.”
Podia ser eu, podia ser você.
Podia ser apenas questão de falta de educação, mas é também desrespeito a uma lei que a muito custo conseguimos.
É falta de treinamento, falta de preparo, falta de empatia, falta de tanta coisa que nem caberia aqui.
E no meio de tanto que faz falta, sobra preconceito, sobra indiferença, sobra a pequenez de quem precisa humilhar os outros para de sentir melhor.
Não podemos admitir que em pleno século 21, com todo conhecimento disponível, ainda sejam toleráveis atitudes de desrespeito como essa! Empresas, públicas ou privadas, precisam orientar seus processos para a DIVERSIDADE!!!! Não nos calaremos!
Ah, Simone…
Grata sempre por tua sensibilidade e tua habilidade em transformar em palavras, o que tanto sentimos, em tantos espaços.
Como escreveste: é tanta falta, e tanta sobra.
Tanta pequenez…
Perfeita a abordagem com certeza Blumenau precisa urgente respeitar as leis…treinamento urgente ??
É inaceitável as situações que passamos diariamente com nossos pequenos.
Desrespeito e falta de empatia.