Em 2018, Jair Bolsonaro era o favorito nas pesquisas, gozava de um enorme apoio da população, militares, empresários, conservadores e liberais. Até a extinta monarquia estava carregando as suas bandeiras. Na eleição, veio como uma “onda” elegendo todos aqueles que de alguma forma colaram em sua imagem.
“Sou o candidato do Bolsonaro”, era o que mais se ouvia.
Eleito, sepultou o “fantasma do petismo”, encheu o Congresso com os seus “seguidores”. Na Câmara, o seu antigo partido elegeu 52, mais os aliados. No Senado, 4, mais os aliados.
“O Congresso mais conservador das últimas três décadas”, diziam os jornais.
Nos estados, o entorno de Bolsonaro elegeu 12 dos 27 governadores. Aqui em Santa Catarina, a surpresa Carlos Moisés, em São Paulo o “BolsoDoria” e em Goiás o seu aliado, Ronaldo Caiado.
Na sua equipe, “superministros”, homens com a confiança do mercado e da opinião pública.
Estava tudo preparado, o Brasil daria uma guinada liberal na economia e conservadora nos costumes. Pronto, estamos abertos ao mundo?
Nem passaria pela cabeça de Jair Bolsonaro em 2018, que ainda enfrentaria uma “guerra” em 2020, saindo do imaginário herói, ser mitológico, para demonstrar as suas capacidades militares de comando.
De lá para cá, lhe faltou tato político para conduzir essa maioria? Talvez uma característica evidente no então deputado federal, que nunca conseguiu angariar apoio expressivo aos seus poucos projetos no parlamento?
Dissolveu todas as suas bases de apoio, perdeu o partido e a influência que tinha no Congresso. O apoio de grande parte dos liberais, militares, conservadores e da população.
Seus ministros caíram pelos fatos e fritados até por ele mesmo.
Qual foi a dificuldade em governar com a maioria alinhada a sua pauta conservadora?
Qual a motivação dos seus ataques ao Congresso? O poder que o legislativo detém? Os atores do parlamento?
A ideia nunca foi governar, sempre foi um projeto de poder? Lembrem-se, esse era o tal “problema comunista” denunciado por ele na campanha de 2018.
Já que ele entende tanto de analogias sobre relacionamentos, pergunto: quais são as suas verdadeiras intenções com o nosso país?
Excelente depoimento!!! As vezes acho que estamos numa monarquia, onde Paulo Guedes é primeiro ministro, representante mais poderoso do Governo, e um rei bonachão que só importa com sua imagem.
Uma vez perguntei a uma pessoa por que votou no Bolsonaro, ele me respondeu: porque nunca roubou e é uma pessoa simples… E eu respondi: da próxima vez vote no Tiririca, pois ele também nunca roubou, é uma pessoa simples, só que tem uma virtude a mais.. é engraçado!!