Opinião | Quando inicia o governo Lula III?

Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução

É no mínimo bastante curioso que o presidente Luís Ignácio Lula da Silva tenha ficado estarrecido em reunião com os ministros da fazenda e planejamento, Fernando Haddad e Simone Tebet respectivamente, que o país que ele governa pela terceira vez concede benefícios tributários que passam de 600 bilhões, segundo apurado pelo portal CNN Brasil. 

Finalmente o sinal de alerta apareceu aos olhos do governo e sua equipe econômica, pois o rombo nas contas públicas é enorme e o sinal de inflação e também da recessão, por conta desta irresponsabilidade, parecem ter batido na porta da presidência da república, mesmo que muitos especialistas e não militantes tenham alertado e faz tempo.

Muitas vezes é importante analisarmos as críticas para tomarmos a decisão correta. Hoje, no Brasil vivemos em uma polarização que acaba prevalecendo o passional acima do racional e o nível de desconfiança na sociedade, só aumenta, o que é péssimo para a economia, conforme renomados economistas como é o caso de Henrique Meirelles, alertou quando em 2016 quando assumiu a fazenda em um período de forte recessão e achatamento da economia. A confiança da sociedade e consequentemente dos investidores, naquela época, tiraram o Brasil de uma possível depressão econômica que se aproximava e freou o desemprego.

A prova desse cenário preocupante parece ser a falta de sensibilidade de gestão e economia do atual presidente. Apesar de estar no terceiro mandato, parece não saber fazer o básico: gastar menos do que arrecada. No ano passado foram concedidas por este confuso governo 32 desonerações tributárias, impactando em quase 70 bilhões de reais na arrecadação, segundo a mesma CNN na análise do jornalista Willian Waack. 

De maneira até cômica, o ministro da economia, o advogado Fernando Haddad, mostrou os números e gráficos de evolução das despesas, o que “impressionou” o presidente Lula, este já com um ano e meio de mandato. Percebe-se por que é fácil deduzir que o governo não tem plano, ai está a prova e estamos falando do básico.

É importante que a imprensa e os analistas tenham como base os fatos reais, pois existem muitos militantes analisando de forma passional os fatos e é preciso a racionalidade para interpretar os sinais do mercado, o qual gera crescimento, geração de empregos e consequentemente, desenvolvimento social. 

Portanto é preciso uma interpretação técnica e não política. O momento é de clara demonstração de perigo e o atual governo, conforme mostram todas as pesquisas de opinião, vai muito mal.

Prof. Leonardo Furtado, Doutor em Desenvolvimento Regional.

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