Opinião: saudades de uma “normalidade”

Foto: reprodução

De nossas TVs e pelas redes sociais estamos vendo muitas partes do mundo voltarem, ainda que com algum receio, à vida que tínhamos antes. Em alguns locais, como os EUA, a máscara não é mais obrigatória em locais abertos; em Israel, os eventos, festas e celebrações religiosas também estão permitidos; na Europa, vemos estádios de futebol com boa parte das arquibancadas ocupada.

O Brasil também passa por este processo à medida que a vacinação avança. Estamos nos aproximando de 50% da população vacinada com a primeira dose e 20% com as duas doses ou dose única, e isso já reflete no nosso cotidiano. Pela primeira vez, desde o início da pandemia, a previsão é que a maioria das escolas públicas retomem o ensino presencial em todo o Brasil, conforme mostra levantamento feito pelo Estadão.

Além disso, outras áreas também vem recuperando o fôlego, como a nossa indústria. Entre os 13 setores mais importantes, 10 já retomaram ou superaram os números pré-pandemia, e a expectativa é que esta elevação continue, já que o avanço da vacinação pode elevar o consumo interno, através da confiança e otimismo da população, e da retomada da geração de empregos.

A vida social também vai se intensificando, a partir da imunização da pessoas. São Paulo, por exemplo, reabriu parcialmente a Avenida Paulista somente para pedestres, depois de um ano e quatro meses, com a presença de milhares de pessoas. A Prefeitura de São Paulo considerou a medida possível porque a cidade tem mais de 70% da população adulta vacinada contra a Covid, com pelo menos uma dose. Assim acontece em outros locais do país. A vacinação cresce e começamos a nos sentir mais seguros, ainda que o susto de novas variantes do coronavírus fique como um fantasma pairando sobre nós.

A vontade de retorno à normalidade e a esperança de uma vida como tínhamos tem superado tudo. Perdemos coisas simples da vida, como poder abraçar os amigos, estar próximos. E antes não tínhamos noção de quanto isso tudo vale.

Vamos torcer para que esse retorno seja seguro, sustentável e que não haja retrocesso. Enquanto isso, vamos logo nos vacinar para acelerarmos o retorno da vida plena. Eu já tomei minha primeira dose, e não vejo a hora de tomar a segunda.

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