Opinião: “Self Made Man”

Imagem: reprodução

Se eu tivesse que escolher uma escultura, seria essa.
Mesmo tendo infinitas opções, a Sef Made Man de Bobbie Carlyle sempre me chamou atenção.

Talvez pela identificação, por sempre estar inconformada e tentando encontrar minha melhor versão, mas principalmente por entender a dor dessa busca.

Crescer, dói.
Aceitar as mudanças, dói.
Escolher um caminho dói, porque quando escolhemos um caminho, precisamos abandonar outros, e no fim das contas somos o produto de toda essa dor, entender isso é libertador.

Quando levamos isso para a maternidade atípica, fica nítido o quanto as mudanças doem.

É preciso uma coragem e sabedoria imensos para reconhecer o momento certo de deixar ir.

Vai doer?
Vai!

Mas a importância desse momento compensa toda dor.

E é nessa hora que lembro da escultura e me refaço novamente.

E de tanto me reinventar, encontro sempre a melhor versão da mãe que eles precisam a cada etapa da vida.

Cinzel na mão, sorriso no rosto e uma lágrima vez ou outra, assim seguimos…

E fica uma certeza, o que me assusta mesmo, é uma vida sem mudanças.

A letargia de quem se conformou.

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