Alexandre Gonçalves
Jornalista
“Agora o país começa a destravar”, foi a expressão que li nas redes sociais de uma pessoa de minha relação e respeito, sobre a aprovação do texto base da Reforma da Previdência, nesta quarta-feira, 10, em primeiro turno. Esta opinião representa o senso comum da opinião pública, pelo menos na internet, em especial de políticos, empresários e profissionais liberais.
Tenho dificuldade de entender este tal de “mercado”, este “ente” que busca não ter rostos e determina como vai ser a vida das pessoas. Mas é fato que, a partir de agora, a “coisa vai”, pelo menos é o que diz a “opinião pública”.
Queria acreditar, quero acreditar. Torço para dar certo, preciso que dê certo, como o país precisa, mas confesso que fico com pé atrás.
Não discuto a importância da reforma, mas a carga não pode ser maior para o trabalhador comum. Do jeito que está, os privilégios de boa parte da corte continuarão.
Em Blumenau, defensores da Reforma e do governo Bolsonaro colocaram outdoors falando que a aposentadoria de políticos seria de no máximo R$ 5 mil. Alguém acredita?
Dos 16 deputados federais catarinenses, 15 votaram a favor da reforma, que ainda terá emendas e destaques a serem votadas nesta quinta-feira. Apenas Pedro Uczai (PT) votou contra.
Enfim, a esperança de uma parte significativa da população está depositada nesta aprovação.
Sete meses depois, a reforma deslanchou e a expectativa é que aconteça o mesmo com o governo Jair Bolsonaro (PSL).
Seja o primeiro a comentar