Por Ivo Rogério Reinhold – Engenheiro Civil
Atualmente, o tema Mobilidade Urbana é discutido em todas as esferas governamentais, tanto é que acontecerá no dia 10 de maio de 2019 na AMMVI palestra sobre Mobilidade Urbana Sustentável. Importante destacar quais serão as novas metodologias estudadas que irão apresentar os palestrantes para colaborar nos planos de Mobilidade Urbana das cidades, principalmente para Blumenau.
Cabe esclarecer que existe discussão sobre muitos projetos de infra estrutura, como é o caso das pontes, binários e corredores estruturantes viários tanto para ônibus como para outros modais que um dia poderão ser utilizados, cito Blumenau especificamente.
Mas uma discussão que está em epigrafe (na Câmara de Vereadores) é o modelo de transporte com característica individual: o Táxi, se o mesmo pode ou não utilizar as “canaletas” (corredores) para Ônibus de transporte coletivo urbano. Atesto que sou contra a utilização dos táxis, como se comportam no trânsito atualmente, nos corredores de Ônibus. Porém, como a dinâmica do transito é muito oscilante diante das dificuldades existentes nos deslocamentos das pessoas em Blumenau, principalmente de automóvel, como meio de transporte, gostaria de apresentar uma alternativa para favorecer as pessoas quando quer utilizar o táxi como seu meio de transporte.
O propósito é implantar táxis diferentes que podem ter uma cor diferenciada dos táxis atuais, com automóveis híbridos, movidos a energia elétrica ou qualquer outro combustível que não poluam e tenham vida útil de no mínimo 5 anos. Assim, estes táxis diferenciados, devem ser geridos no sistema pelo SETERB, e, com concessão para alguma empresa privada como exemplo a que executa os serviços por Ônibus atualmente.
Estes táxis com origem/destino vão trafegar pelos corredores de Ônibus ou pelas rotas dos Ônibus de um terminal ao outro, haja vista, que em alguns trechos não há canaletas para Ônibus trafegar. Para explicitar melhor, atualmente o Ônibus que tem como origem o terminal da velha com destino ao terminal da PROEB ainda existe trechos sem corredores, mas o direcionamento é contemplado com estabelecimento de rotas.
Ademais, os táxis da cor amarela, por exemplo, farão a viagem do terminal Velha/Proeb sem sair da rota estabelecida para os Ônibus gerando um custo/benefício de viagem, para o passageiro, atrativo. Isto é, 4 pessoas que trabalham no centro comercial, poderão repartir o valor da passagem, podendo viajar com maior rapidez e conforto. Os táxis param nos pontos de embarque e desembarque para permitir a entrada de passageiros ou a saída deles dos veículos. Cabe lembrar que o táxi deve iniciar a viagem e terminar a viagem no terminal de origem sem sair da rota.
Certamente, com a crise na economia e a alta taxa de desemprego no Brasil, esse pequeno gesto irá abrir mais vagas de trabalho para aqueles que necessitam e, também, irá melhorar a qualidade de vida das pessoas com o intuito de tornar o sistema de transporte com mobilidade sustentável.
Desta forma, estes táxis nesta configuração terão como objetivo facilitar o deslocamento das pessoas, também de baixa renda, em um ambiente urbano com menor tempo de viagem, segurança, conforto e principalmente custo baixo devido o rateio das passagens. .
Assim, para concluir, na minha visão, até mesmo com experiência em pesquisas na área de Engenharia de trafego com estudos voltados para segurança viária, reitero que o deslocamento do táxi, neste moldes propostos, nos corredores de ônibus, irá melhorar a qualidade de vida das pessoas com este novo meio de transporte seguro e, estruturada na Mobilidade Urbana Sustentável, pois cabe muita discussão da sociedade em aceitar ou não.
Gostei desta proposta, ainda mais quando se trata da geração de novas alternativas e novos empregos.
Acho que as ações de Mobilidade Urbana deveriam considerar seriamente a opção de patinetes elétricas (devidamente sinalizadas) inclusive nos corredores de ônibus.
Essa opção já há na Europa e grandes centros do Brasil.